O jovem escritor angolano Moisés Ricardo Mpova, formado em Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), membro da Academia de Letras e Artes de Florianópolis (ADLA – Brasil), membro do Movimento Lev’Arte Angola e recentemente foi outorgado como Membro Internacional da Cultive “Art Littérature et Solidarité”, em Genebra, prepara-se para lançar no mercado literário o projeto social denominado “Matemática com os Kandengues”.
“Matemática com os Kandengues”, é um projeto social sem fins lucrativos. A princípio será apresentado aos munícipes do Cazenga, na ideia de inspirar, motivar e incentivar os Kandengues do Cazenga que gostam de matemática e não só, estimular também aqueles que não gostam.
“Acredito eu que, esses Kandengues nos primeiros anos escolares aprenderam os fundamentos da matemática, inclusive as quatro operações (soma, subtração, multiplicação e divisão), qualquer dificuldade que o Kandengue teve nos primeiros anos escolares pode refletir por toda sua vida e fazer com que ele odeie matemática. Corroborando com a frase ‘a criança é o futuro do amanhã’, vale ressaltar que o amanhã se faz hoje. A prática nos torna eficiente, entretanto, para sermos bons amanhã é preciso praticarmos hoje. A forma que eu encontrei para praticar é ensinar ao próximo o pouco que eu sei.”, disse o autor em uma nota de imprensa submetida ao AngoRussia.
Moisés Ricardo Mpova, que ainda é autor da obra poética “A fonte da inspiração”, prefaciado pelo engenheiro mecatrônico e de sistemas robóticos Robespier Moniz (Universidade de Liverpool), continuou por dizer que é importante para os educadores impulsionarem os mais pequenos pelo gosto de aprender matemática.
“É importante que os educadores encontrem uma forma de fazer com que os kandengues se sintam estimulados a aprender matemática, e não obrigados. Só de falar em matemática muitos kandengues já se arrepiam, achando essa uma das disciplinas mais difíceis. Com esse projeto espero ajudar os kandegues a assimilarem melhor os conceitos aprendidos na escola. De certa forma, isso vai se refletir em seu futuro, sem que a disciplina seja encarada de forma negativa ‘bicho de 7 cabeças’. Saber matemática não é simplesmente saber tabuada, fazer contas de cabeça e tirar boas notas. Porém, tudo isso é muito importante, mas é apenas um pedaço do aprendizado. Portanto, para completar o aprendizado e progredir, o kandengue deve compreender, aos poucos, as formas de raciocínio matemático, a relação entre ideias e conceitos e, a razão de utilizar uma determinada regra.”, disse.
O projecto tem como meta transformar os estímulos externos em automotivação, dos pequenos, no que tange à matemática muitos deles andam desestimulados, o que mais os desestimula é errar e ficar com medo, com vergonha, ser desmoralizado diante dos colegas e amigos, por esta razão Mpova tomou a decisão de ajuda-los é acompanhar o desde cedo, para que eles adquirem base, consequentemente, é a base que dá confiança.
Ao finalizar Mpova, fez saber que se sente na obrigação de ajudar os pequenos daquela região uma vez que cresceu no mesmo bairro, e que o projecto em questão vai representar uma mudança positiva para quem estiver presente.
“Sinto-me na obrigação de fazer algo em prol da minha “banda”, não adianta mudar o mundo se não for pra começar em casa. Antes de mudarmos o mundo devemos mudar a nossa casa, entretanto, minha casa é África, minha casa é Angola, minha casa é luanda, minha casa… é cazenga. Creio eu que, esse projeto irá representar uma mudança positiva para quem estiver presente, a ideia é utilizar uma linguagem simples e clara, de acordo com cada faixa etária, espero despertar ‘profissionais competentes’, kandengues que futuramente possam ir a diversos pontos do cazenga para disseminar o conhecimento e servir Angola”.