Duas iguarias bastante apreciadas entre os angolanos, com maior realce para a região norte, o Catato e o Gissombe ganham cada vez mais destaque na mesa de algumas famílias provenientes do sul. Apesar de constarem da lista vermelha ameaçadas de extinção, as duas espécies são constantemente procuradas por quem não consegue ficar um mês sem comê-los.
Para este artigo, o AngoRussia reuniu apenas dois pratos bastante estimados para quem os consome.
Apesar que a forma de preparação varia de pessoa para pessoa, estima-se que o Gissombe é um alimento bastante gorduroso e para confeccioná-lo há quem prefere deixar cozinhar até secar para retirar o excesso de gordura e consequentemente adicionar outros ingredientes.
Proveniente da palmeira, Gissombe é conhecido cientificamente por ”Rhynchophorus ferrugineus Olivier” ou ”Escaravelho da palmeira” que naturalmente passa em vários processos de mutação para chegar ao estado consumível.
Diferente do Gissombe, o Catato já é bastante seco e é preparado a base de cebola, pitada de gindungo, sal, óleo, tomate (caso preferir) e outros condimentos adicionados para dar sabor. Quando preparado, pode ser servido com funge ou a ‘kikwanga’ e é acompanhado com outros molhos a gosto. Há quem ainda prefere apenas comer como petisco, seja com cerveja ou vinho.
O consumo de insectos ou larvas é uma antiga tradição indígena em muitas partes do mundo, incluindo a África Austral, devido ao alto valor nutritivo que estes carregam. Vários insectos comestíveis, são ricos em proteínas, vitaminas, minerais e ferro.
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