As crianças que levam palmadas de forma recorrente têm quase duas vezes maior probabilidade de desenvolverem ansiedade e depressão na idade adulta, segundo um novo estudo da Universidade Católica Australiana, que também revela que seis em cada dez crianças são agredidas de forma repetida pelos pais.
O uso da força física “tem efeitos negativos na saúde mental” e isso deve-se ao facto de o castigo físico acompanhar experiências de abuso ou negligência infantil.
Embora não seja aplicada com a intenção de afectar a saúde mental das crianças, mas como forma de educá-las, a prática não é vista como eficiente segundo os pesquisadores. Isso porque, de acordo com os especialistas, ao invés de educar a palmada ameaça e faz com que a criança confunda amor e violência.
Castigo e a agressão como meio de educar as crianças devem ser práticas incluídas na categoria de abuso físico e emocional. Segundo os pesquisadores, as crianças que apanham têm mais chance de se tornarem adultos deprimidos, de tentarem suicídio, de abusarem do consumo de álcool e de usarem drogas ilícitas.
Mais da metade dos jovens com idades entre os 18 a 24 anos sofreram punição física quando eram crianças quatro ou mais vezes. Outro factor que o estudo teve em conta foram os comportamentos desviantes em casa, em que está incluído o abuso.