Cientistas de um laboratório da Universidade de Edimburgo, na Escócia, criaram uma técnica para desenvolver óvulos humanos em laboratório.
Segundo os pesquisadores, trata-se de uma tentativa de criar novas formas de manter, no futuro, a fertilidade de crianças submetidas a tratamentos contra o câncer. Mas o experimento também é uma oportunidade de explorar em detalhes como os óvulos se desenvolvem, o que continua sendo algo relativamente misterioso para a ciência. Especialistas dizem que estão animados com a técnica, que permite conduzir o processo de maturação do óvulo no laboratório e consideram que ela representa um avanço. No entanto, ponderam ser necessárias mais pesquisas antes de aplicá-la clinicamente.
Os primeiros testes foram feitos em camundongos “ratos”, que já datam há duas décadas, já haviam mostrado que a técnica pode ser usada para reprodução dos animais. Por isso, o sucesso dela com óvulos humanos pode, eventualmente, se usar em crianças que enfrentam tratamento contra o câncer.
Azim Surani, que comanda uma equipe de pesquisa na Universidade de Cambridge, opinou à reportagem que é preciso conduzir mais análises para identificar se esses óvulos que maturaram no laboratório podem ser comparados com os naturais.