Recuperar a concentração e a disposição para o trabalho logo após o almoço pode ser uma tarefa mais fácil e mais econômica: basta uma parada para o “cafézinho”.
De acordo com especialistas, uma xícara é suficiente para fazer com que um profissional possa render mais e manter a produtividade.
“É comum ter uma queda na proactividade, uma baixa cerebral depois das refeições, principalmente após o almoço. Então, se você quer ficar desperto, uma dose de café neste horário também vai ajudar”, afirma Norberto Frota, coordenador do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia. Segundo ele, o consumo de café, que contém cafeína, auxilia na recuperação da concentração em momentos de baixa natural do organismo.
A cafeína é o único agente estimulante no café capaz de manter a pessoa acordada. Em cada unidade de café, a concentração de cafeína vai de 1% a 2,5%, após a torrefação — processo de degradação do grão original e produção de novos compostos.
Outras bebidas, como energéticos, chocolates e refrigerantes também dispõem da substância, mas são aritificiais — e, em geral, custam mais caro.
Por agir em ciclos curtos de aproximadamente 30 minutos, a partir da ingestão até ser absorvida e excretada pelo corpo, a cafeína pode ser ingerida a cada duas horas, em média. A quantidade recomendada para o consumo de café é de três a quatro chávina por dia.
O excesso, como de outras substâncias, pode prejudicar a saúde. Ansiedade, tremores e irritabilidade estão entre efeitos colaterais apontados pelo neurologista. Ele cita, entretanto, estudos que apontam que o consumo consciente pode prevenir doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, de acordo com estudo da Universidade Sapienza, de Roma.