O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH/Sida (ONUSIDA) nomeou ontem, segunda-feira, os músicos C4 Pedro e Titica Embaixadores Nacionais da Boa-Vontade, com o objectivo de ajudar na consciencialização da população angolana, principalmente dos jovens, referente à prevenção e tratamento da doença.
Segundo o Director Executivo da ONUSIDA, Michel Sidibé, em nota de Imprensa, a música é uma poderosa plataforma de interacção com os jovens, por isso a nomeação destes dois ícones da música angolana.
“Estou muito entusiasmado que dois artistas excepcionais como o C4 Pedro e o Titica tenham se juntado à ONUSIDA para dar força à mudança e tenho a certeza de que as suas vozes irão mobilizar os jovens de Angola na liderança da prevenção do VIH”, disse Michel Sidibé.
O músico e compositor angolano Pedro Lisboa Santos, mais conhecido por seu nome artístico C4 Pedro, é um dinâmico artista, que começou a sua carreira musical com seu irmão Lil Sain’t, na Bélgica, onde morou por 10 anos.
Após retornar à Angola em 2009, lançou dois álbuns de sucesso que fizeram-no um dos reconhecidos nomes da indústria musical angolana e o músico mais popular de Angola no mundo virtual.
C4 Pedro tem estado envolvido em actividades de sensibilização da comunidade e como Embaixador da Boa-Vontade da Onusida irá focar os seus esforços para que os jovens façam o teste do VIH e se tornem defensores de um estilo de vida saudável.
Por seu turno, C4 Pedro sublinhou que é uma honra ser Embaixador da Boa-Vontade e poder promover uma geração livre da SIDA e chegar aos jovens com a minha música e a mensagem correcta como forma da sua contribuição para a redução do impacto da doença em Angola.
“UNICEF contamos com todos vocês…Dia historico da minha vida ONUSIDA”, escreveu o músico na sua conta na rede social instagram.
O Titica disse estar pronto para liderar a lutar contra o estigma e a discriminação no país e não só, por isso, aceitou o desafio.
“Prometo que vou cumprir e dar o meu máximo“, escreveu Titica.
A epidemia do VIH é um desafio à saúde pública em Angola, sendo que se estima que em 2012 ocorreram 28 mil novas infecções, comparadas a 19 mil em 2001, onde os jovens, particularmente as raparigas, são as mais vulneráveis, com uma taxa de incidênca de 50 porcento.
Na última década, o número de jovens a viver com o VIH passou de cerca de 21 mil em 2001 a 33 mil em 2012.