O interesse do ser humano pela vida alheia é algo que sempre existiu, no entanto, o desejo de se igualar a outrem nunca teve tanto consentimento quanto na actualidade. Por muito que os pais se esforcem para proteger os filhos da influência nefasta de outros jovens, isso é extremamente complicado e raramente resulta.
Segundo relatos de psicólogos, os jovens podem ter tudo: vida confortável e sem quaisquer dificuldades, mas basta um amigo meter-lhes na cabeça uma ideia em que o outro também acredita e aí vão eles sem preocupações com as consequências.
A juventude parece só entender os perigos e os enganos vivendo-os e, muitas vezes, de forma dura. Roupas e calçados luxuosos, telefones de última geração e festas caras, constituem o estilo de vida desejado pela maior parte da juventude numa certa fase.
Para tentar ter o mesmo estilo de vida que o amigo, ídolo ou até mesmo inimigo, várias pessoas vivem de aparências, fazem sacrifícios, colocam-se em dívidas e chegam até a imergir para o mundo da delinquência, tudo porque acham a vida de uma pessoa mais interessante que a sua.
Alguns especialistas na matéria apontam como impulsionador das ilusões da juventude, a forma como hoje em dia certas pessoas expõem suas vidas nas redes sociais e blogs, despertando consequentemente o interesse dos seguidores de viver as mesmas experiências, ter os mesmos objectos, atingir os mesmos objectivos ou ainda seguir a mesma profissão.
Contudo, com o passar do tempo e deixando-se levar pelas ilusões, os jovens tornam-se cópias de outras pessoas e perdem a sua própria essência. A questão que surge em torno disso é: até onde chegam as pessoas por causa das ilusões da juventude?