“A minha personagem mostra a gravidade de nos mantermos calados”, diz Elisângela Gomes sobre a peça Belas e Perigosas

Em uma entrevista exclusiva ao AngoRussia, a actriz e apresentadora angolana, Elisângela Gomes, descreveu os detalhes sobre a sua personagem na peça teatral ‘Belas e Perigosas’, e destacou que vai com o seu papel mostrar o quão é grave as pessoas manterem-se caladas diante das situações difíceis.

Elisângela explicou durante a entrevista que vai dar vida a uma personagem que descreverá grande parte das meninas que são tiradas do seio familiar para serem criadas por parentes próximos, mas que na realidade acabam por ser maltratadas.

“A minha personagem representa grande parte das meninas que são tiradas do seio familiar para indirectamente serem criadas, serem as trabalhadoras domésticas em casas de estranhos e em alguns casos em casas de outros parentes mesmo. Algumas são tratadas como filhas e têm o devido tratamento, não há separação (como se diz) com os filhos biológicos, mas já há outras que infelizmente não têm sorte e são maltratadas, são submetidas a fazerem tudo e mais alguma coisa”, disse Elisângela.

A actriz disse ainda que o papel que vai interpretar na peça Belas e Perigosas, será emocionante e de grande responsabilidade, por se tratar de um tema que quase nunca se aborda na sociedade.

“É uma personagem emocionante e de grande responsabilidade porque vivemos e vimos diariamente na nossa sociedade histórias semelhantes e quase nunca se aborda sobre o assunto, e a personagem mostra a gravidade de nos mantermos calados”.

Sobre a sua experiência, a apresentadora destacou que “está a ser boa, fantástica e única”, por estar a trabalhar com pessoas que são especialistas no mundo da representação com quem oportunamente tem aprendido muito, e tem criado bons laços que acredita levar para a vida.

“Bom, sempre estive ligada ao teatro e nunca escondi a nenhum órgão de comunicação que sai dele para as telas, para a Novela Jikulumessu. Ainda assim a experiência está a ser boa, fantástica e única porque estou a trabalhar e a beber da experiência de alguns monstros da representação e não só, trocar conhecimentos e ao mesmo tempo a criar bons laços para a vida toda”, finalizou.