7 problemas vaginais e como lidar com cada um deles


Com saúde não se brinca. E é verdade que a região íntima feminina pede bastante atenção. Corrimentos, sangramentos fora do período menstrual, coceira são alguns dos problemas que, vez ou outra, podem ocorrer e que, obviamente, preocupam as mulheres.

Pelos encravados na região da vulva

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Pelos encravados na região da vulva são um problema relativamente comum, devendo sempre ser examinados com cuidado. Os pelos encravados são bastante comuns na virilha, mas podem ocorrer também em outras regiões do corpo.

Os pelos ocorrem porque os fios crescem, curvam-se e ficam presos na pele, causando um processo inflamatório. A depilação com lâminas ou cera pode ser um factor predisponente, principalmente em pessoas de pele negra, pois seus pelos costumam ser mais grossos e enrolados e a região da vulva apresenta pelos mais densos, grossos e em maior quantidade do que no restante do corpo, o que por si só já é um factor predisponente.

Muitas vezes a depilação pode provocar o crescimento irregular destes pelos, e em sentido contrário, o que impede o rompimento da pele. Este folículo forma uma cápsula ao seu redor e encrava. Como complicação pode haver a colonização por bactérias e aparece uma infecção secundária: a foliculite, diagnosticada através da presença de secreção purulento,  qualquer lesão da região genital, diferente da habitual, deve ser examinada pelo ginecologista de confiança, inclusive fazer um  diagnóstico diferencial como algumas DST’s.

Como lidar com o problema
Geralmente o pelo encravado é resolvido e eliminado espontaneamente, evitar sempre usar roupas apertadas ou de tecido sintético (preferir roupas de algodão);

Tomar cuidado com a limpeza e a higiene da pele (manter a pele saudável);
Utilizar um método de depilação mais adequado para o seu tipo de pele.
Paula destaca ainda como medidas de prevenção:

Diminuir a frequência das depilações;

Evitar o uso de cremes depilatório;
Se for usada a lâmina de barbear, sempre preferir as descartáveis e nunca reutilizá-las.
Como tratamento, é sempre recomendado pelos ginecologista o uso de compressas mornas, a remoção mecânica com pinça ou agulha esterilizada e a esfoliação diária. Nos casos de infecção bactéria, associa-se o uso de tratamento tópico com antibióticos.

Mal cheiro

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A vagina de todas as mulheres  tem um cheiro natural, mais perceptível após a puberdade e que pode variar de acordo com as fases do ciclo menstrual e também tem uma secreção fisiológica que é esbranquiçada e fluída e que aumenta próxima à menstruação e durante a ovulação. Não é normal ter um odor forte e desagradável, isso deve sempre ser investigado por um ginecologista, pois pode se tratar de uma infecção.

Existem fases em que a mulher está mais predisposta às infecções, principalmente quando há vida sexual activa e no climatérico, quando o ressecamento vaginal torna a mucosa mais fina e sensível, o cheiro forte e desagradável da vagina ocorre por falta de higiene ou por processos infecciosos.

Como lidar com o problema

Qualquer cheiro vaginal deve ser investigado e a mulher deve consultar o seu ginecologista que vai avaliar se existe associação com outros sintomas. Em algumas situações o  parceiro também deve ser investigado e tratado.

Corrimento

problemas-vaginais-3O corrimento é uma anormalidade na quantidade ou no aspecto físico do conteúdo vaginal, que se exterioriza pelos órgãos genitais externos. Pode ser um sintoma referido pela mulher ou apenas identificado pelo ginecologista.

As causas infeção mais frequentes dos corrimentos vaginais são: a vaginose bacteriana, candidíase vulvovaginal, tricomoníase, gonococia e a infecção por clamídia. “O corrimento acompanhado por odor fétido e desagradável pode ser decorrente principalmente da vaginose bacteriana e da tricomoníase”, destaca.

Como lidar com o problema
Em caso de corrimento, é importante procurar o ginecologista. Porquê pode estar ocorrendo corrimento por vaginose bacteriana ou tricomoníase, sera necessario um  tratamento por medicamentos.

Sangramento fora do período menstrual

problemas-vaginais-4Os sangramentos fora do período menstrual não são normais e também devem ser investigados. Podem ter causas hormonais (ovários, uso de anticoncepcionais) ou anatômicas (pólipos, miomas, lesões no colo do útero). Algumas mulheres podem ter um pequeno sangramento durante a ovulação, mas este deve ser um diagnóstico de exclusão após investigadas todas as causas.

Como lidar com o problema

Os sangramentos fora do período da menstruação devem ser avaliados pelo ginecologista, principalmente se forem recorrentes, intensos e acompanhados por outros sintomas. O sangramento pode ser de manifestação ocasional ou crônica, sendo a crônica ou recorrente a de maior importância para o ginecologista.

Coceira

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Os principais corrimentos que são acompanhados por coceira são a candidíase vulvovaginal e a tricomoníase.

A cândidiase é um fungo que faz parte da flora vaginal normal que, em algumas situações, encontra condições para aumentar seu número como, por exemplo: queda da imunidade, uso de antibióticos, roupas abafadas e que impedem a circulação e diabetes e que  na menopausa, a atrofia vaginal pode ser a causa do prurido vaginal.

Como lidar com o problema

A  mulher deve procurar um ginecologista para uma orientação segura.

No caso da candidíase ser diagnosticada, ela deve ser tratada. E medidas como uso de roupas íntimas de algodão, dormir sem cueca e secar completamente a região genital ajudam a diminuir a recorrência.

Dores

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A disúria (ardor ou dificuldade para urinar) e a dispareunia (dor durante a relação sexual) podem ter causas distintas.  A disúria pode estar relacionada principalmente à infecção do trato urinário, mas também à inflamação da uretra, inflamação da vulva e vagina, irritação da uretra por substâncias como sabonete, amaciador de roupa, perfumes ou medicamentos e trauma na região pélvica. Algumas vezes a disúria e a dispareunia podem coexistir.

A principal hipótese para dor ao urinar é a infecção urinária (ITU) e, por isso, deve ser colhido um exame para que se confirma o diagnóstico. “A ITU também pode causar dores na relação sexual.

As dores na relação sexual podem ser decorrentes de várias alterações, desde falta de lubrificação, infecções vaginais ou uterinas, obstipação cronicá até doenças mais graves como a endometriose. “Todos estes fatores devem ser investigados pelo ginecologista”, diz.

Como lidar com o problema

Em caso de dor ao urinar ou na relação sexual, a mulher deve procurar seu ginecologista.

Deve-se  tratar a causa do problema especificamente. Muitas mulheres após o inicio da vida sexual e quando apresentam relações sexuais com maior frequência observam infecções urinárias recorrentes. Isto pode ser evitado ou diminuído com o uso de preservativo, com o costume de esvaziar a bexiga sempre após o ato sexual e realizar a higiene local rigorosa e, por vezes, pode-se realizar profilaxia com antibióticos.

Urinar com maior frequência

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A mudança do padrão urinário deve ser valorizada e necessita de avaliação médica. Este problema pode estar relacionado com processos infecção do trato urinário e também com doenças clínicas como, por exemplo, o diabetes.

A primeira causa a ser excluída é a ITU (infecção do trato urinário), que deve ser investigada. Outros fatores como diabetes descompensado, gestação, uso de diuréticos e aumento da ingestão hídrica podem ser os causadores.

Como lidar com o problema
É fundamental procurar um médico para avaliar a situação, descobrir a causa do problema e indicar o melhor tratamento.

Por fim, é importante que a mulher faça visitas regulares ao ginecologista, para evitar qualquer tipo de problema e manter sua saúde íntima em dia.


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