Em alusão a data em que se comemora no Brasil “O Dia da mulher Negra” e preocupada com a questão do racismo, a actriz e activista brasileira de 77 anos de idade, Zezé Motta falou recentemente que já não sofre com a descriminação racial, mas que aproveita o alcance que tem para denunciar e combater o referido mal.
Considerado como um dos países onde o índice de descriminação racial é elevado, e a luta pela igualdade é diária, a actriz Zezé Mota diz que em uma data como esta, procura refletir sobre o papel da mulher negra na sociedade e dar voz para quem não é ouvido.
“Uma data para refletir sobre o papel da mulher negra na sociedade. Eu concordo que nosso dia é todo dia, já que nossa luta é diária”, falou a atriz Zezé Motta ao celebrar o dia 25 de julho.
No auge dos seus 77 anos, Zezé é referência na dramaturgia brasileira e em entrevista ao Gshow disse que pretende usar o seu sucesso e talento para acabar com o preconceito, pois é necessário arregaçar as mangas para virar o jogo. E o seu grande objectivo é fazer a diferença para a sua geração e para as mais novas.
“Sempre me questionava sobre o que acontecia ao meu redor, mas eu não tinha um discurso articulado até conhecer Lélia Gonzalez, que virou minha referência e espécie de guru. Aprendi com ela que não temos tempo para lamurias e que precisamos arregaçar as mangas para virar esse jogo. Hoje não sofro com discriminação racial, mas aproveito o espaço na mídia para denunciar e combater. Meu objetivo é promover a reflexão, debate e uma sociedade mais justa”, frisou.
Zezé acrescentou que sempre se questionou sobre a importância do sucesso, e hoje acredita que um artista tem que se posicionar sim e deve usar o que tem de mais potente: a voz para acabar ou minimizar tal situação.