Solange Couto fala sobre a sensação de saber que a novela “O Clone” vai estar de volta às telas


A partir do dia 11 de Outubro, os angolanos terão o prazer de acompanhar novamente a grande novela “O Clone”, a história que há 2 décadas emocionou e alegrou o coração de muitos angolanos e serviu também de motivação para uma conquista de amor, através das personagens principais da novela “Jade e o Lucas”. Em entrevista, Solange Couto que interpretou “Dona Jura” na trama,  falou sobre a sensação de voltar a ver a novela 20 anos depois.


Vinte anos depois da exibição original de ‘O Clone’, “Né brinquedo não”, o bordão da Dona Jura (Solange Couto), continua marcante na lembrança do público. Mas o que muita gente não imagina é que foi a própria actriz que criou a expressão, o que fez com que a personagem se tornasse um sucesso absoluto. “Né brinquedo não foi criação do pai do céu.

“Costumo conversar com Ele, e pedi que me inspirasse para algo diferente. E Ele fez-me falar isso de repente quando estava a conduzir. Passei a ter uma popularidade que nunca imaginei com essa personagem”, conta a actriz, que também compôs a música que tem o bordão como título”, gravada pelo grupo Molejo.

“A música fez muito sucesso. Também escrevi o livro ‘Receitas de Botequim’, a partir da Dona Jura, que teve mais de 150 mil cópias vendidas no Brasil”, relembra Solange, orgulhosa.

As personalidades que a Dona Jura recebia no seu bar, famoso pelo pastel de camarão, eram uma atracção à parte no enredo. Do Pelé a Zeca Pagodinho, vários ícones passaram por lá. Solange relembra esses momentos das gravações com muito carinho.

“Tenho inúmeras lembranças das participações. Alguns foram muito especiais: O Pelé, que foi o primeiro a ir, depois os campeões da selecção brasileira e o Sargentelli, que me mandou uma mensagem e eu pedi à Gloria Perez para trazê-lo. Foi emocionante demais”, revela. Em entrevista, a actriz conta mais sobre as lembranças do trabalho que mudou a sua vida.

Entrevista 

O que sentiu quando soube que ‘O Clone’ iria para o ar novamente 20 anos depois da sua exibição original?

R: Fiquei muito feliz, porque mesmo ter passado 20 anos, no caso da minha personagem parece que foi ontem.

Quando começou a gravar a novela, tinhas alguma ideia do sucesso que a sua personagem teria?

Não imaginava mesmo, e acredito que a Gloria Perez (autora) e o Jayme Monjardim (director) também não tinham essa dimensão. Dona Jura era para ser uma personagem secundária e tornou-se muito grande, um divisor de águas na minha carreira. Passei a ter uma popularidade que eu nunca imaginei.Como foi a criação do bordão ‘Né brinquedo não”, que o

O público até hoje não esqueceu?

‘Né brinquedo não’ foi criação do pai do céu. Costumo conversar com Ele, e pedi que me inspirasse para algo diferente, e Ele ajudou-me a falar isso de repente quando eu estava a conduzir.

Quais são as lembranças das participações no bar da Jura? Alguma foi mais especial?

Tenho inúmeras lembranças das participações. Algumas foram muito especiais: O Pelé, que foi o primeiro a ir, depois os campeões da selecção brasileira e o Sargentelli, que mandou-me uma mensagem e eu pedi a Gloria para trazê-lo. Foi emocionante demais.

O que você recorda de todo o processo de construção da Dona Jura e como foi à preparação para interpretá-la?

A construção começou pela caracterização. O vestido que ela mais usava era cópia dum vestido meu, que pedi a figurinista Marília Carneiro para fazer e ela atendeu-me. A faixa do cabelo eu também sugeri e as sandálias comprei-as e levei para aprovação. Não houve preparação maior para ela, até porque era para ser um papel bem menor do que se tornou, tive a liberdade de fazer do meu jeito. Claro que com a aprovação da autora e da direcção.

Como analisa a trajectória da personagem na história, a sua personalidade e os seus conflitos?

É muito comum que ao arredor (subúrbio )do Rio de Janeiro encontremos centenas de mulheres como ela, inspirei-me nas lembranças da minha  infância e interpretei-as  com as  suas dores, amor, atitudes, acho que daí veio a identificação que as pessoas têm com ela.

Qual foi o maior desafio desse trabalho?

Não enfatizar e não exagerar nas características da personagem para ser autêntica.

Qual é a principal lembrança que você tem do período de gravação da história? Como eram os bastidores?

Eu amava andar a volta da cidade cenográfica e gritar: Bom dia meu povo! E todos respondiam em coro. Era muito bom!

Até hoje o público fala desse trabalho com você? Como são essas abordagens?

Até hoje não teve um dia que alguém não fale o bordão ou me chame de Dona Jura (risos).

Pretendes acompanhar novamente à trama? É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?

Vou acompanhar sim, com certeza. Autocrítica não cabe mais.

Você guarda alguma recordação desse trabalho? E o famoso pastel, ainda tem a receita?
Tenho um vestido dela guardado e é uma linda recordação. Faço às vezes o pastel de camarão, a mesma receita!

De volta a partir do dia 11 de outubro, ‘O Clone’ é escrita por Gloria Perez, com direcção de núcleo e geral de Jayme Monjardim, direcção geral de Mário Márcio Bandarra e Marcos Schechtmann, e direcção de Teresa Lampreia e Marcelo Travesso.

A novela “O Clone” será emitida de segunda a sábado, no Globo HD, posição 10 da ZAP

 

Por: Eucadia Ferreira


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