A recente digressão internacional do músico angolano Waldemar Bastos, que culminou com um espectáculo, no passado dia 16 deste mês, no grande auditório do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, ?foi um delírio total?, considerou Alpay Taskin, seu “manager”.
Iniciada em Luanda, com a participação no Festival da Bahia, a tournée internacional do lançamento do disco “Classics of my Soul” de Waldemar Bastos, “seguiu para a Seoul (Coreia do Sul), num show de um público seleccionado na TV EBS, Ulsan World Music Festival e no Jazz Festival Jarasum”, disse Taskin.
Segundo ele, “no Jazz Festival Jarasum, o maior Festival de Jazz de toda a Ásia, surpreendentemente Waldemar Bastos deixou cerca de 72 mil coreanos encantados e emocionados em cantar as músicas junto ao artista”.
“Depois do público rendido de pé nas salas de Konzerthaus Wien, no Mozart-Saal, em Vienna de Austria (cidade de maior rigor musical), assim como Hannover e Berlim (na Alemanha), Waldemar Bastos, acompanhado pela Orquestra Gulbenkian, dirigido pelo maestro Pedro Neves, deixou a sala lotada do CCB em delírio”, adianta Alpay Taskin.
“Waldemar Bastos elevou a música angolana e de África, em geral, para um nível mais alto”, afirmou, para concluir o feito como “mais um salto histórico para o desenvolvimento da música mundial, porquanto, foi um encontro até hoje único e histórico sem complexos ou paternalismo onde entra a música erudita clássica ocidental e a música contemporânea de Angola”.
O concerto de Waldemar Bastos no CCB integrou o cartaz do Misty Festival, tendo a angolana Aline Frazão feito a primeira parte do espectáculo, organizado pela produtora Uguru.
Sobre o álbum “Classics of My Soul”, no ano que marca o 30º aniversário sobre a sua estreia discográfica, Waldemar Bastos considerara, em recentes declarações, ter sido um sonho que sempre acalentou pela música angolana.
Além de temas cantados em português, o álbum, editado pela Enja, inclui canções em umbundo e em quimbundo, com temas como “Teresa Ana”, “Calção roto no rabo”, “Humbi Humbi Yangue”, “Muxima” ou “M’biri M’biri”.