O músico e compositor angolano Kyaku Kyadaff defendeu, em Luanda, maior reconhecimento e valorização da classe compositora por parte dos intérpretes de forma a dignificar o trabalho desenvolvido por eles.
A propósito do estado da música no país, o músico afirmou à Angop, que em determinadas circunstâncias o trabalho efectuado por esta classe de artistas tem sido banalizado por intérpretes.
Segundo o também compositor, quando alguém cede a letra de uma música é obrigatório por parte do artista que recebe focar a fonte (dono) da letra, por forma a preservar o direito autoral de quem pertence o trabalho.
“A partir do instante que o autor negoceia a letra da música o compositor deixa de ter direitos sobre ela, dando assim autoridade a outrem, mas caso o criador ceda o produto ao interprete, posteriormente poderá usa-lo quando e como quiser”, alertou.
Observou que a nível mundial muitos compositores enriquecem da composição, por constituir uma propriedade intelectual intransmissível, daí, acrescentou, que deve ser referenciada.
Considerou a composição um processo de educação, porquanto deve ser executada com muita responsabilidade, atendendo o alvo, pois quem compõe transmite as suas ideias a sociedade, modelando comportamentos.
“Queremos uma sociedade sã e construtiva, por isso temos que ter muito cuidado em relação ao produto que colocamos ao dispor do público”, reforçou.