Depois de ressaltar que “ninguém da realeza queria ser rei ou rainha”, o Príncipe Harry confidenciou em entrevista que pensou em renunciar e deixar a Família Real para levar uma “vida comum”. Mas lealdade à sua avó, rainha Elizabeth II, o impediu.
Em conversa com a jornalista Angela Levin, Harry, de 32 anos, voltou a expressar sua dificuldade em se adequar e encontrar uma razão para a vida pública.
“Passei muitos anos impacientemente, e não queria crescer”, admitiu Harry.
“Senti que queria desistir, mas depois decidi continuar a desempenhar o meu papel”, disse Harry, frisando que a sua motivação para continuar deve-se à lealdade com a avó, a rainha Isabel II.
Harry lembrou o período de festas, bebida e cigarros que sucederam o momento de “caos total” depois da morte da mãe, a princesa Diana, em 1997, quando tinha 12 anos. Ele ressaltou que chegou perto de um “colapso em várias ocasiões”. Mesmo quando começou a se recuperar, questionou se deveria continuar na Família Real, em uma vida que considerava um “aquário”. Foi então que considerou viver como um plebeu.
O quinto na linha de sucessão ao trono britânico contou à Angela Levin que se sentiu “em casa” ao se juntar às Forças Armadas. Mas ficou “devastado” quando uma revista descobriu e publicou a sua posição no Afeganistão, o que levou à sua brusca retirada da missão por razões de segurança.
“Eu me senti muito ressentido. Estar no Exército foi a melhor de fuga que eu já tive. Eu senti como se eu estivesse de fato alcançando algo”, explicou.
No Exército, ele disse, “eu não era príncipe, eu era apenas o Harry”.
Mais tarde, o príncipe tomou para si o papel de promover a causa de recrutas feridos na guerra e o trabalho na área de saúde mental.