Denominado pela revista People como “o Papa troféus”, Kyaku Kyadaff falou da sua trajectória na 122ª edição da revista, prometeu não relaxar com os troféus e afirmou que o melhor está para vir.
Formado em Psicologia, Kyaku Kyadaff se defini como sendo um jovem oriundo de uma família de músicos, mas que nunca sonhou ser músico embora tivesse o dom para tal.
Revista Carga: E como entrou para este mundo?
K.K: Nunca sonhei ser músico, mas tinha dom para cantar. Comecei a cantar apenas por diversão na igreja e nas actividades recreativas em Mbanza Congo (Zaire), a minha terra natal. Além de cantar também dançava, imitando Michael Jackson entre outros.
Revista Carga: Como foi a transição do amadorismo para o profissionalismo?
K.K: Em 2001 vim para Luanda e no ano seguinte fui estudar para o Kwanza Sul. Em 2003 regressei à capital onde terminei o curso superior de Psicologia. No entanto, neste período cantei em várias actividades escolares e fui sempre muito aplaudido.
Revista Carga: Em quem se inspira?
K.K: As minhas inspirações são Teta Lando e James Brown.
Revista Carga: Até onde pretende chegar?
K.K: Até onde a música quiser, temos uma ligação íntima e espero mantê-la durante muito tempo.
Revista Carga: Com quem gostaria de cantar?
K.K: Com todos os músicos, não tenho preferência desde que estejam disponíveis e haja vontade.
Revista Carga: Já pensa na internacionalização?
K.K: Primeiro tenho que criar bases sólidas em minha casa, mas já actuei em Paris (França), na noite angolana e vou cantar no African Events International no Togo, em 2015.
Revista Carga: Como caracteriza a música angolana?
K.K: Está a crescer, vendem-se muitos discos e consome-se muita música nacional. Ainda assim, acho que há outros géneros musicais que deveriam ser mais promovidos, não devíamos ficar só pela kizomba e o semba.
Recorde-se que em 2014, com o tema “Entre Sete Sete & Rosa ” artista que “ontem” era desconhecido, venceu prémios como “Músico revelação”, “Kizomba do Ano” e “Músico do Ano”, da segunda edição do Angola Music Awards.
Quando achava que já tinha ganho tudo, eis que surge um novo troféu, desta vez num dos eventos mais antigos do país, o Top dos Mais Queridos, onde conquistou o título de “Músico Revelação”.
Antes, em 2012, já tinha conquistado o primeiro lugar no Festival Nacional de Trova e Variante, no entanto, em entrevista à revista People, o artista que “ontem” era desconhecido, promete não relaxar com os troféus e afirma que o melhor está para vir.