Nomeada nos Angola Music Awards 2020, a cantora Yola Semedo agradeceu à organização pela distinção mas confessou que se lhe tivessem contactado antes, não aceitaria ser inclusa nas nomeações, admitindo que este ano, não houve profissionalmente empenho de sua parte, não neste ano.
Para Yola Semedo, um dos nomes mais sonantes da música angolana das últimas três décadas, já teve anos que se empenhou profissionalmente mas este ano, continuou dizendo que não se revê na premiação e reconheceu que 2020 está a ser um ano muito difícil para a raça humana.
“Começo por agradecer a organização do AMA (Angola Music Awards) pelo empenho mostrado no que concerne o desenvolvimento da música feita em Angola e não só. O ano de 2020 está a ser muito difícil e “único” para a raça humana, especialmente para a nossa terra (nossa realidade).
Agradeço humildemente por estes méritos (nomeações) que me atribuíram, mas a verdade é que neste momento eu não me revejo profissionalmente nestes méritos… Se me tivessem perguntado no princípio se eu aceitava ser inclusa nas nomeações, diria-vos que não porque profissionalmente não houve empenho de minha parte, não neste ano”, começou por dizer a cantora.
A autora do sucesso “Lá no fundo” acredita que diante de toda situação que o mundo e em particular Angola atravessa com a pandemia da covid-19, não há culturalmente motivos para se celebrar: “E perante este momento global, não creio que culturalmente haja motivos concretos para celebrar”.
No final do seu texto, Yola Semedo que foi a artista angolana que mais se dedicou nas entregas das várias toneladas de cestas básicas arrecadadas durante o seu show live, participando directamente do princípio ao fim nas entregas em diferentes comunidades carentes do país, considerou que talvez tenha artistas que tenham trabalhado durante o período considerado pela organização para a nomeação.
“Provavelmente existem artistas que fizeram muito durante o ano de 2019/20 e merecem esse mérito. Muito obrigada por tudo que têm feito pela nossa cultura. Desejo todo o sucesso do mundo”.
Por: Carla Gouveia
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