Marido de Alicia Keys, Swizz Beatz encantado com ‘beat’ da música “Kisua Ki ngui Fuá” de Artur Nunes


Depois de Will Smith impulsionar um título de 1972, “Mona Ki Ngi Xica”, do cantor angolano Bonga, para o topo das vendas no iTunes, o rapper e produtor norte-americano Swizz Beatz, partilhou com os seus fãs e seguidores na noite desta terça-feira (06) de Agosto, o encanto que o instrumental do música da “Kisua Ki ngui Fuá”, de Artur Nunes, dos anos 70, lhe causou. 

Volvidos a mais de 36 anos desde a morte de Artur Nunes, o seu legado continua actual e revisitado pela nova geração de intérpretes, bem como o caso do marido da cantora e compositora Alicia Keys, Swizz Beatz que deixou os demais seguidores de toda parte do mundo especialmente os angolanos eufórico ao partilhar um dos seus momentos de criação musical, ao som do instrumental de “Kisua Ki ngui Fuá” do falecido Artur Nunes.

Artur Nunes, foi um dos cantores e autor de uma portentosa obra musical, que vale pelo inusitado melódico, magnitude textual e enraizamento cultural, as suas canções constituem uma resposta intemporal, inspirada no pitoresco do cancioneiro luandense e na revolução, sendo um exemplo de correcção linguística, de composições em quimbundo. Deixou 12 músicas gravadas entre 1972 e 1976 e mais dois temas para a colectânea ‘Rebita 75’, entre eles, uma obra-prima que sobreviveu ao passar dos anos e se manteve moderna por obra e graça da sua intemporalidade.

David Zé, Urbano de Castro e Artur Nunes, três nomes que surgem normalmente associados, fazem parte de uma geração que viveu de forma romântica o período revolucionário, que culminou com a independência de Angola.  Politicamente empenhado, Artur Nunes cantou de forma explícita, a injustiça social e a violência do sistema colonial e os efeitos posteriores da luta de libertação nacional, que culminou com a desejada independência de Angola.  O mesmo absorveu, com plena consciência e orgulho, os valores culturais intrínsecos à esfera tradicional da angolanidade, consubstanciados, fundamentalmente, no uso, sem preconceitos, da magnitude cultural, comunicativa e poética do quimbundu, nos textos das suas canções.


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