Família de Bangão precisa de meios financeiros para construir museu do artista


A família do conceituado artista Bangão, projecta construir um museu para ‘imortalizar’ as suas obras, mas a concretização deste sonho, depende meios financeiros, caso que preocupa os membros de Bernardo Jorge “Bangão”, que completaria ontem, quinta-feira (27) de setembro, 56 anos.

Três anos depois da sua morte, a família, na voz da viúva, em entrevista ao Zap News, revelou que pretende construir um museu, para que os bens do músico estejam à disposição do público. O entrave para a materialização do sonho da família é a falta de apoio, caso surjam, todos estão disposta a ceder os bens do autor do slogan “Cuidaaaaaaado!” para exposição.

O músico que padecia de uma doença do fórum hepático  fora evacuado em Fevereiro de 2015 para a África do Sul, onde esteve internado até a sua morte, 17 de maio do mesmo ano.

Nascido a 27 de Setembro de 1962, no bairro Brás, no actual distrito urbano do Sambizanga, em Luanda,  Bangão integrou entre 1976 a 1977, como vocalista, o grupo Processo de África, com Guncha (tumbas), Artur Décimo (viola baixo), Alaito (bateria) e Abílio (viola ritmo).

Bangão pisou pela primeira vez um palco a 18 de Outubro de 1978, como elemento do grupo “Os Gingas”.

Na sua carreira artística, passou pelo agrupamento “Tradição”, em 1974, que integrava, entre outros, Alaito (tumbas) e André Lua (voz).

Em 1996, venceu o prémio Liceu Vieira Dias, com o tema “Kibuikila” (Peste), acompanhado pela Banda Movimento. Em plena ascensão da carreira, Bangão é convidado, em 1999, a fazer parte da Banda Movimento, sempre como vocalista.

No mesmo ano, ganhou a primeira edição do concurso Semba de Ouro, com a canção “Kangila” (pássaro agoirento) e afirmou-se como cantor e compositor de inequívocos créditos firmados.

O ano 2003 consagrou Bangão como um dos maiores intérpretes da música popular angolana. Neste ano, no Top Rádio Luanda, ganha os prémios da música do ano, com o tema “Fofucho”, voz masculina do ano, e é reconhecido com o prémio preservação pela sua incessante defesa da música popular angolana.

Em 2005 venceu o Top dos Mais Queridos, da Rádio Nacional de Angola (RNA).

Por:  Guilherme Francisco

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