Durante um entrevista à Lusa, o cantor e compositor angolano Bonga, recordou, ‘os tempos difíceis’ que viveu, quando chegou a ser proibido de subir ao palco, ou ainda da altura em que a música angolana, ‘de forma pejorativo, era chamada ‘folclore’.
“Houve um período de preconceito, em que chamavam ‘à música angolana’ o folclore, o que era um bocado pejorativo, e houve obstáculos que tive de enfrentar, porque era uma música diferente, que não era valorizada, menos ouvida, e hoje, mais do que nunca, tenho a consciência de ter posto um tijolo nessa grande construção que é a divulgação, consequente, desta nossa música africana”, afirmou o músico, acrescentando que a música angolana, actualmente, “é mais reconhecida e conceituada do que há 20 anos”.
José Adelino Barceló de Carvalho, conhecido artisticamente por Bonga Kuenda, começou a carreira musical, em 1972, com o álbum “Angola 72”, afirmou-se ainda estar contente por ter contribuído para um reconhecimento válido da música angolana e africana.
Hoje o músico vai levar ao palco do Theatro Circo, em Braga, muita energia, no ritmo do semba, que não morre, e noutros ritmos angolanos, como a rumba africana que é diferente da sul-americana, na companhia dos outros artistas Betinho Feijó (guitarra e direcção musical), Ciro Bertini (acordeão), Hernani Lagross (baixo) e Estêvão Gipson (bateria), e pela bailarina Joana Calunga.
Bonga completa 76 anos no próximo dia 05 de Setembro, data em que tem previsto um ‘grande concerto’ na Aula Magna da Universidade de Lisboa.
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