Morre aos 69 anos David Bowie, uma lenda do rock


O cantor britânico David Bowie morreu neste domingo (10), aos 69 anos, anunciou um comunicado em sua página oficial no Facebook. Ele lutava contra um câncer havia 18 meses. O filho do artista também confirmou a informação para a rede de TV britânica BBC.

Depois de 18 meses a combater o cancro, o cantor britânico David Bowie morreu durante a noite de ontem (domingo) aos 69 anos. Bowie comemorou seu aniversário de 69 anos no dia 8 de janeiro com o lançamento do álbum “Blackstar”, o 25º e o mais recente trabalho de uma longa carreira. O disco tem recebido críticas positivas.

A notícia foi anunciada pelo filho, Duncan Jones, através da página oficial de Facebook do cantor e posteriormente replicada na rede social Twitter.

“Hoje, David Bowie morreu em paz, rodeado pela sua família após uma corajosa batalha de 18 meses contra o cancro. Enquanto muitos de vocês vão partilhar essa perda, nós pedimos que respeitem a privacidade da família durante o seu tempo de luto”, pode ler-se na publicação.

David Robert Jones nasceu no bairro londrino de Brixton e começou a tocar saxofone aos 13 anos.

Abandonou a escola na adolescência e saltou à fama em 1969 com “Space Oddity”, uma mítica balada sobre a história de Major Tom, um astronauta que se perde no espaço.

Em 1972, lançou “The rise and fall of Ziggy Stardust and the spiders from Mars”. Esse venerado disco, no qual relata a inverossímil história do personagem Ziggy Stardust, um extraterrestre bissexual e andrógino que virou estrela do rock, mostrou duas das obsessões do cantor: o teatro japonês kabuki e a ficção científica.

Entre seus maiores sucessos estão “Let’s Dance”, “Space Oddity”, “Heroes”, “Under Pressure”, “Rebel, Rebel”, “Life on Mars” e “Suffragette City”.

Durante os anos 70, a profundidade intelectual de seu trabalho, sua particular voz e a originalidade que impressionava todos seus projetos o transformou em um dos professores do glam rock.

Ele também construiu uma carreira de ator com o papel de um alienígena em busca de ajuda para seu planeta em “O homem que caiu na terra” (1976), de Nicolas Roeg. Bowie fez uma temporada de três meses como “O homem elefante”, na Broadway, na década de 1980.

Provocador, enigmático e inovador, o britânico construiu uma das corridas mais veneradas e imitadas da caprichosa indústria do espetáculo, que lhe colocou no pedestal das lendas da música.

Entre suas múltiplas habilidades destacaram-se suas facetas como ator, produtor fonográfico ou arranjador, mas também venerado como ícone da moda por sua tendência a provocar com seus enfeites e a brincar com sua imagem.

Em 2006, o cantor anunciou que tiraria um ano sabático e muitos de seus fãs choraram uma prolongada ausência que valeram todos os tipo de rumores sobre sua saúde.

Esse “retiro” musical foi quebrado apenas com alguma colaboração esporádica e pontual como sua aparição por surpresa em um concerto de David Gilmour (Pink Floyd) no Royal Albert Hall de Londres em 2006 ou sua colaboração no álbum de canções de Tom Waits que publicou em 2008 a atriz americana Scarlett Johansson.

Há três anos, o músico britânico escolheu o dia de seu aniversário para romper a “seca” com a música “Where Are We Now?”. A canção avivou uma chama que alguns consideravam vacilante.

Dois meses mais tarde, um novo álbum com tons de rock, “The Next Day”, confirmou o retorno em plena forma do influente e camaleônico artista. O disco produzido pelo veterano Tony Viscontti, seu homem de confiança, conquistou a crítica.

Entre seus últimos projetos, destaca-se a música que acompanha os créditos da série de televisão franco-britânica “The Last Panthers”, uma comédia musical ou algumas contribuições, como no último álbum do The Arcade Fire

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