Em alusão aos 46 anos da Independência Nacional estilistas defendem valorização dos trajes africanos


Os estilistas das províncias do Cunene e Huíla juntaram-se para uma causa nesta quinta-feira (11), em Ondjiva, a fim de defenderem a necessidade dos angolanos valorizarem mais os trajes africanos por representarem a cultura do continente.

Os profissionais de moda falaram à margem do evento “Moda Dipanda”, organizado em alusão aos 46 anos da Independência Nacional,  assinalados nesta quinta-feira, que permitiu a troca de experiência entre os mesmos e serviu para despertar a valorização das potencialidades dos trajes dos povos da região sul do país.

Em declarações à Angop, Elias Songolola, que mostrou a colecção da alfaiataria “Ponto da Gulha”, disse que a roupa africana representa um veículo importante para a transmissão de valores mais profundos dos angolanos, atendendo que só elas traduzem, fielmente, o sentimento dos povos africanos.

Explicou ainda que os jovens usam pouco este tipo de roupa, daí a necessidade de motivá-los sobre a sua importância no contexto cultural, como forma de proteger o património cultural dos povos e das comunidades tradicionais.

Nicolau Papricas, da Botique “PVP” de Ondjiva, referiu que as culturas ocidentais têm ofuscado as africanas, razão pela qual é imperioso a promoção de eventos que realcem a beleza da cultura bantu.

“Devemos corrigir este lado, valorizando o que é nosso no sentido de preservarmos a unidade e identidade nacional”, destacou.

Adilson Frederico, estilista residente na província da Huíla, disse também que o mercado, por ser dinâmico,   os trajes africanos são uma excelente saída para variar a oferta.

Organizado pelo Projecto Talentos Cunene e Agência ACS Model, o evento teve na sua passarela 24 modelos que desfilaram trajes sociais e africanos, como fatos, camisas, calças, vestidos, blusas e calçados, masculinos, femininos e para crianças.

 

 

Por: Sofia Adelino

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