O cantor e compositor angolano Teta Lágrimas ressaltou hoje, em Luanda, os ganhos qualitativos e quantitativos da música nacional, mercê da aposta que alguns sectores e agentes culturais no mercado fonográfico angolano.
Em declarações à Angop sobre “o actual momento da música nacional”, o interlocutor adiantou que nos últimos cincos anos têm aparecido jovens talentos com alguma qualidade, ao mesmo tempo que aparecem outros que caem como “paraquedistas” no mercado, com o objectivo de fazer carreira, estar na ribalta, mas que não têm talento para tal.
Segundo o autor de “Amizade Colorida”, para os que aparecem sem talento, com letras que não construtivas, quem vai decidir se ficam no mercado ou não será o público.
Frisou que o mercado musical está cada vez mais exigente, com novas fusões e estilos, sublinhando que o que mais predomina são os ritmos típicos de Angola e as letras que definem quem permanece.
Teta Lágrimas disse ainda que outro factor que tem causado o aparecimento de mais cantores tem sido o surgimento de novos estúdios de gravação, factor que veio equilibrar o mercado concorrencial, com preços acessíveis e a qualidade reconhecida.
Abel Lágrimas da Conceição Santos Teta, da província do Zaire, começou a cantar com 14 anos, em Luanda. Viveu na RDCongo e Portugal onde deu continuidade a sua carreira musical, tendo trabalhado com algumas das melhores bandas do Congo.
Lançou no mercado 9 obras discográficas, “Mãe de todos nós”, “Coisas da vida”, “Dilema”, “Luanda já foste linda”, “Renascente esperança”, “Genuinamente”, “Letra chorada” e o DVD “Letra Chorada” e “Lágrimas do coração”.