Home EntretenimentoMédia Figuras que contribuem para o crescimento da produção cinematográfica do país

Figuras que contribuem para o crescimento da produção cinematográfica do país

Por Sofia Adelino

Nos últimos cinco anos, o mercado cinematográfico nacional regista, anualmente, em média, a produção de seis filmes, o que configura um aumento significativo em relação aos anos anteriores que tinha uma média na ordem de 4 a 5 produções.

Foto: IG/DR

Coforme Francisco Keth, representante da Associação Angolana dos Profissionais de Cinema e Audiovisual (APROCIMA) fez saber, este crescimento deve-se ao nível da disponibilidade de materiais e equipamentos usados na produção de filmes que, cada vez mais, vão chegando ao mercado nacional.

Neste artigo, o AngoRussia reuniu quatro produtores promissores, que têm contribuído para o desenvolvimento do cinema em Angola.

Mawete Paciência

Mawete Paciência Kiama, nasceu em 1981, no Cazenga, em Luanda e entrou para o mundo das artes com nove anos, através da música gospel. Produtor e realizador há mais de dez anos, pertence aos quadros da área de ficção da Televisão Pública de Angola. Mawete Paciência abraçou o mundo do cinema em 2005 e tem actualmente no mercado vários filmes, dos quais: “Negligência Médica”, “Mistério de Anguita”, “O Resgate”, “Cicatrizes”, “Rastos de Sangue” e o mais recente “Perverso”.
Também participou na produção executiva do filme “Los Dioses de Água”, uma parceria entre Argentina e Angola. Mawete trabalhou ainda na mini-série televisiva intitulada “O Lado Escuro da Vida”, um projecto cinematográfico que relata temas sociais e aborda o lado negro da fama, luxo, aparência e da moda.

Sílvio Nascimento

Sílvio Nascimento não é apenas um actor, mas também um produtor executivo que impulsiona a nova geração do cinema angolano. Após passar um longo período em Portugal trabalhando em filmes, retornou a Angola e decidiu investir o próprio dinheiro na produção cinematográfica do país.

Ao longo destes anos, o actor investiu em mais de seis filmes, entre longas e curtas-metragens com recursos próprios. Dos quais “Mulher”, “Lastimável”, “Falso Perfil”, “Mwana Nkento”, “Mutu Mbi”, “Memo”, “Nossa Senhora da Loja do Chinês”, “Casal Sem Noção” e o filme em desenho animado “A Rainha”.

Micaela Reis

Modelo, apresentadora de televisão, actriz, Micaela Reis é uma das produtoras de cinema angolano que tem feito o seu trabalho para levar o nome do país além-fronteiras. Micaela lançou a longa-metragem “JÓIA”, filme escrito e produzido por si, inspirado numa emocionante história verídica de uma jovem angolana que vivenciou um período de grande conflito em Benguela.

Henrique Narciso

Profissional da televisão pública de Angola desde 1994, onde começou como operador de câmara. Foi realizador do programa “Conversas no Quintal”, e director de montagem do programa “Vozes do Semba”.

Henrique Narciso “Dito” foi considerado um dos principais precursores do “cinema da nova geração”, ao concluir em 2007 a produção do filme “Assaltos em Luanda”. Dito participou nas gravações de quase todas as novelas e mini-séries de produção nacional produzidas pela TPA, a partir da década de 90.

O realizador beneficiou, em 2005, de uma formação na área de realização em França, por vencer o concurso do filme de um minuto, realizado pela Alliance Française.
Entusiasmado com a formação, Dito decidiu produzir o seu filme de acção, “Assaltos em Luanda”, gravado entre 2005 e 2007, e que considera ter sido uma aventura, dado que há muito tempo desejava fazer um filme de acção na perspectiva africana.

O filme foi estreado em Julho de 2007 no Cine Atlântico, que registou casa cheia na primeira noite de exibição do, considerada uma das primeiras películas angolanos de acção no momento.

Com os valores que angariou na bilheteira, Dito prosseguiu com o projecto que deu origem à produção dos filmes “Assaltos em Luanda II”, 2008, “A Guerra do Kuduro”, 2009, “O Emigrante”, 2010, e “O Destinado”, 2011 e “Quem é o Pai do Miúdo”, 2024.

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