Portadora de Vitiligo, uma doença cutânea que causa a perda gradativa da pigmentação da pele geralmente com o surgimento de manchas em todo o corpo, Ruslana Jandira, contou em entrevista exclusiva ao AngoRussia como é conviver com a doença e aproveitou para deixar um conselho especial.
Ruslana começou por dizer que pelo facto de viver com Vitiligo há vários anos já não consegue enxergar-na como uma doença, pois com o passar do tempo está a deixar de ser um bicho de sete cabeças pelo facto de cada vez mais pessoas possuírem a referida alteração cutânea.
A jovem de 22 anos disse ainda que nunca passou por situações de descriminação, talvez por nunca ter dado espaço para tal pelo facto de ter a autoestima muito alta, pois deste modo ninguém a consegue fazer sentir-se fraca.
“Nunca passei por situações de descriminação. Eu não dou espaço para tal, tenho a autoestima alta e ninguém me consegue fazer sentir fraca”.
Apesar disso, Ruslana considera que muita gente faz descriminação a portadores de Vitiligo por não saber informações referentes a doença. “A falta de informação influência na descriminação”, disse.
Para a sociedade em geral, Ruslana Jandira deixou um conselho especial. “Ter vitiligo não altera em nada no nosso dia a dia, antes porém torna-nos pessoas especiais. Vivemos como somos, somos felizes como pudemos, ter vitiligo não impede ninguém de ser feliz. Somos todos diferentes, porque a diferença faz o mundo, então devemos amar cada macha do nosso corpo”.
Importa referir que, vitiligo pode afectar qualquer parte do corpo, até mesmo o cabelo, o interior da boca e os olhos, afecta pessoas de todos os tipos de pele, mas costuma ser mais perceptível em pessoas com pele mais escura.
A condição não é contagiosa e nem representa um risco para a vida de quem a possui, mas pode afectar seriamente a autoestima do paciente e pode ser uma espécie de gatilho para o surgimento de problemas psicológicos, como a depressão.