Grupo de jovens denominado “Abraço solidário” apoia crianças autistas


Os integrantes do grupo “Abraço Solidário” contaram em entrevista exclusiva ao AngoRussia, que o grupo surgiu da conversa de dois amigos, Eritson Hespanhol e Nara Andrade, em Dezembro de 2015 depois de ambos conhecerem a “Associação Angolana de Apoio a Pessoas Autistas e Portadoras de Transtornos Globais de Desenvolvimento” que defende o direito de crianças autistas em Angola, e sentiram-se comovidos com histórias das crianças portadoras da mesma deficiência.

Apesar de a ideia ter surgido no final de 2015, só no dia 11 de Janeiro do corrente ano é que a ideia foi consolidada e nasceu efectivamente o “Abraço Solidário”.

Em Março conheceram e começaram a trabalhar com algumas crianças, investigaram e aprenderam formas de lidar com pessoas portadoras do “Transtorno do Espectro Autista” tendo apoio da associação ” A Pegada”. De seguida, o grupo de jovens solidários conheceu e começou a prestar apoio ao o centro “Mamã Madalena” que apoia até hoje.

O principal objectivo do grupo é ajudar e apoiar famílias com crianças autistas e sensibilizar os jovens de formas a terem mais atenção as necessidades alheias.

No momento o grupo está com vários projectos e um deles visa fazer a recolha de crianças moradoras de rua, na qual já conseguiram tirar uma criança e levar ao centro “Mamã Madalena”.

O grupo salientou que para a sociedade saber lidar com crianças que sofrem de “Transtorno do Espectro Autista” ou simplesmente Autismo, é importante entender que as crianças autistas são como qualquer criança que precisa de apoio para crescer saudável e que precisam de mais atenção por serem crianças portadoras de uma dificuldade de coordenação motora.

“O mais importante é entendermos que as crianças autistas são como qualquer criança que precisa de apoio para crescer saudável  e por serem crianças portadoras de uma deficiência elas precisam de mais atenção ainda”.

A integrante do grupo, Ariana, não deixou de frisar que a sociedade ainda não está devidamente preparada para lidar com crianças autistas, pois têm conhecimento de casos de mães que geraram crianças portadoras do autismo que foram afastadas das famílias e não recebem qualquer apoio das mesmas, mas que o seu grupo com os projectos que tem, faz uma diferença significativa.

O grupo acredita que as crianças autistas apesar de terem algumas limitações , podem ser inseridas em escolas normais desde que tenham o devido tratamento.

“Pretendemos no próximo ano ter uma sede e centro de formação onde poderão ser leccionados cursos de mecânica, informática e outros cursos para poder apoiar mais pessoas necessitadas”, sublinhou Eritson, um dos fundadores do grupo.

O grupo já recebeu doações do supermercado Jumbo e realizou actividades para recolha de donativos. No último sábado (29), realizou uma actividade denominada “Sopa Solidária” com a ajuda do grupo “Guia Feminino”, na casa dos refugiados e serviu as crianças e adultos que lá estavam, doando 7 panelas de sopa. Têm a pretensão de  realizar a mesma actividade todos os primeiros sábados de cada mês.

O “Abraço solidário” aproveitou para apelar a todos a participarem da actividade que vai realizar no dia 19 de Novembro, denominada “Jogo solidário” onde os interessados para fazerem parte terão de doar materiais didácticos. A mesma actividade contará com o apoio e participação de vários artistas jovens como: M.O.B, T.R.X, Young Splash entre outros.

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