A artista angolana Tânia Burity, enalteceu nesta terça-feira, 21 de Janeiro, o colectivo musical Séketxe, destacando o contributo do grupo para o engrandecimento da cultura angolana, sobretudo pelo facto de dar voz ao público das comunidades mais desfavorecidas e marginalizadas, descrevendo de maneira crua o modo de vida dos jovens nos bairros de Luanda.

Foto: Facebook/Tânia Burity
Através de uma publicação feita no seu perfil do Instagram, Tânia aplaudiu o trabalho feito pelos seis artistas provenientes das periferias da cidade de Luanda, que usaram a combinação entre os estilos musicais Rap e Kuduro, para criar um estilo único ao qual denominaram por “Rap Cia”. Burity, também declarou o seu respeito pelo rapper 12 Furos, pela superioridade musical e pelo seu talento.
“Os Séketxe, foram os criadores do Rap Cia, que mistura as barras criativas do Rap, com a sonoridade do Kuduro. Com estilo próprio e personalidade, seis jovens pretos vindo da periferia, decidiram dar voz e ser a voz de todas as pessoas invisíveis, marginalizadas, descrevendo as suas vivências e observações, com o talento capaz de furar bolhas e atingir todos os públicos.
Em 2022, na minha observação como poeta e liricista, descobri o grupo que já fazia sucesso dois anos antes, vítimas do sistema que os tornou a força poética que luta para acordar o ‘futuro da nação’, começou por dizer a artista.
Tânia destacou: “Os meus stories foram o palco e o alcance para que o meu público tivesse acesso ao trabalho destes artistas que trazem a visão consciente, e a importância de se usar a arte para expressar a realidade em que vivemos, e de trazer esperança”.
“Vou continuar a ser a voz das minorias, e dos oprimidos, e o meu trabalho continuará a ser o de enaltecer quem sente a responsabilidade de coexistir, e tem a coragem de transformar arte em mensagem! Máximo respeito ao 12 Furos, ex-Kokaína Preta, por este hino, pela superioridade musical, e pelo talento… É a vez do guetão vencer”, escreveu.
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