Sofia Buco reflete sobre o consumismo da Netflix em Angola “precisamos parar de seguir ondas que não nos leva a lugar nenhum”


A actriz e apresentadora Sofia Buco, mentora da “Buco Produções” um projecto que procura enaltecer o empoderamento feminino e procura  dar às mulheres as mesmas oportunidades e aberturas que os homens à nível do mercado, fez recentemente uma reflexão sobre a forma como os angolanos estão apegados à Netflix consumindo em demasia os conteúdos do cinema ocidental,  acabando por desvalorizar o que é nacional.

Com a chegada da Netflix em Angola, várias famílias com acesso à internet aderem aos conteúdos ocidentais promovidos pela plataforma de streaming. Daí que a actriz levantou a voz em nome do cinema angolano e fez uma reflexão profunda sobre a necessidade de se valorizar o que é nacional.

“Do que adianta agente se esforçar para ser aceite num mercado que não nos vê como prioridade? Nem hoje nem daqui à alguns anos. Precisamos parar de seguir ondas que não nos levam a lugar nenhum”,  disse a actriz em um post feito nas suas redes sociais.

Em um vídeo nos stories Sofia Buco faz referência de como os angolanos têm o hábito de insistir e promover todos os produtos  e conteúdos estrangeiros, acabando por serem escravos da imposição ocidental. A actriz afirmou que a maioria dos angolanos com acesso à internet aderem aos serviços da Netflix, e que ela é dos poucos angolos que não o faz.

“Assim mesmo está bom? Humilharem-nos gratuitamente. Não aderi mesmo, e ainda bem. É a prova que estou no lado certo da história”, afirmou a actriz.

Sofia Felicidade Alberto Buco é formada em Ciências da Comunicação, pela Universidade Independente de Angola e desde muito cedo criou o gosto pela comunicação e as artes culturais. Por conta da timidez, decidiu fazer parte de uma companhia teatral aos 15 anos, por sugestão da mãe e foi integrada ao leque de poucos actores da época, sentindo a necessidade de melhorar cada vez mais. Pouco depois participou de “Corvos ao Imbondeiros”, “Os monólogos da vagina”, na qual representou situações vivenciadas por muitas mulheres pelo mundo. Em televisão, trabalhou como repórter do programa” Zimbando”, apresentou o “Sons de Angola” e “Bastidores”, até no inicio de 2016. Em 2013, participou da novela da Semba Comunicação “Jikulumessu”, interpretando a personagem “Weza Estevão, uma zungueira alegre e bem humorada. Hoje é a mentora da “Buco Produções” que promove peças teatrais que visam enaltecer a igualdade de género.

Por: Sofia Adelino

 

 


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