Recentemente, vários internautas criaram uma espécie de debate nas redes sociais, a respeito da Ministra das Finanças, Vera Daves por sempre optar na valorização da sua identidade enquanto mulher negra, ao usar o cabelo natural e crespo.
A troca de ideias, que movimentou maioritariamente homens que defendem que a mulher angolana deve valorizar mais o uso do cabelo natural, surgiu devido a uma publicação feita por um jovem no Facebook, que evidencia várias fotografias da ministra.
“Olha o cabelo da mulher que paga os salários do país inteiro. Não sei onde as nossas mulheres, tiram a ideia de toda a hora pedir cabelo brasileiro e dinheiro para ir ao salão. Será que custa tanto imitar bons exemplos, suas ‘cafricadoras’ de filhos alheios”, afirmou um internauta.
Nos comentários, muitos homens consideraram “exagero” e falta de identidade por parte mulheres que optam pelo uso de perucas e extensões. Consequentemente, uma jovem questionou aos homens se actualmente aceitariam sair com as suas parcerias com um penteado semelhante ao da Ministra das Finanças.
“Meu irmão você mesmo é o primeiro que não consegue sair com uma mulher usando tranças assim. Assim mesmo achas que ela não usa perucas e nem faz apliques? Parem de falar a toa. Mulheres com este tipo de tranças não vos atraem e nem conquistam”, disse.
Por outro lado, uma jovem rebateu ao dizer que “esses acham que a pessoa é mais africana ou angolana por ter essas ‘mapungas’ na cabeça e sente ou sofre igual nós aqui na terra. Comparações absurdas. Realmente, isso não faz de mim mais angolana, povo sofredor, tantos tóxicos”.
Ao longo do debate, destacou-se o comentário de um jovem que foi bastante aplaudido pelo público feminino por afirmar que o importante é que cada um se sinta bem com cabelo natural ou não.
“Creio que isso não influencia muito na forma de agir ou pensar, cada um deve fazer o cabelo de acordo as suas possibilidades e de acordo aquilo que lhe faz bem, o usar cabelo natural ou artificial não nos torna melhor ou pior que os outros, algumas vezes, nós só devemos nos aceitar e aceitar aquilo que nos faz bem”, respondeu.