A top model e actriz luso-angolana Sharam Diniz de 30 anos, contou em entrevista ao site português Fama ao Minuto, como conseguiu entender e ultrapassar o facto de estar a ser ‘rejeitada por ser muito bonita’ para muitos trabalhos de moda. Durante a conversa, a modelo disse ainda que a sua revelação sobre o uso de liamba teve mais impacto a nível pessoal e familiar, pela pressão que sofrem da sociedade e dos bons costumes.
Em uma longa conversa, Sharam Diniz entre vários temas, contou que ficou desmotivada e em certos momentos até deprimida nas vezes que foi rejeitada por ser muito bonita mas hoje encara o facto com mais leveza.
“Fiquei desmotivada e em certos momentos até deprimida, hoje encaro com mais leveza… consequência da maturidade que consegui atingir até então. A moda é um mundo lindíssimo, apesar de muito feroz, e ajuda-nos a crescer e a perceber que o ser diferente é exatamente o que nos torna especiais e únicos”, disse a modelo.
FM: Por outro lado, o mundo da moda pode ser também muito ‘cruel’ no que respeita aos padrões e exigências com o corpo das modelos. Estavas preparada para lidar com a rejeição?
“É impossível uma menina de 21 anos estar preparada para lidar com a rejeição, é um trabalho enorme emocional e psicológico e fui aprendendo com cada perda.”
Sobre o uso de liamba, Sharam disse que a revelação teve mais impacto na sua vida pessoal do que profissional devido aos pressão que sofrem da sociedade e dos bons costumes.
“De forma negativa diria que mais a nível pessoal e familiar, pela pressão que sofrem da sociedade e dos bons costumes, mas a nível profissional nem tanto, ou melhor, diria que quase nada. Já é legal em muitos sítios e é até aconselhável a nível medicinal, basta pesquisarmos na Internet. Obviamente que tudo em excesso faz mal, e se consigo desenvolver e cumprir com as minhas funções diárias é porque não deve ser motivo para grande barulho.”
A modelo que já desfilou para várias marcas de renome nacionais e internacionais revelou que alcançou um dos seus objectivos para 2021, que era a obtenção de carta de condução quando questionada as resoluções dos 30 que esperas ver cumpridas.
“Muito honestamente a minha carta de condução, prometi a mim mesma que dos 30 não passava [risos]. Comecei a tirar em Lisboa, mas uma vez que as restrições apertaram optei por ir a Luanda arrumar este tema tão pertinente nos últimos anos da minha vida. ‘Voilá’, consegui, já estou na estrada. E aproveitei o facto de cá estar para dar continuidade a alguns projetos sociais parados.”
Sobre o período de confinamente por causa da Covid-19 que tem passado em Angola, Sharam Diniz que já estrelou um videoclipe, disse que tem aproveitado para mostrar o seu trabalho na área da representação aos angolanos que não tiveram oportunidade de ver outros seus trabalhos desenvolvidos no exterior.
“Fiz algumas coisas a nível de representação em Angola e fico muito contente, porque infelizmente tudo o que fiz até então foi para Portugal e nem todos os angolanos tiveram acesso. Desta forma poderão ver a Sharam também como atriz, uma vez que ainda sou mais conhecida em moda.”