O despedimento dos funcionários da ZAP, continua a causar inúmeras inquetações por parte do público e não só. Ainda hoje, várias figuras públicas continuaram a argumentar sobre o assunto e o artista Preto Show decidiu deixar o seu subsídio a respeito do recente acontecimento que abalou várias famílias.
Em uma nota enviada ao AngoRussia, o músico Preto Show, reagiu à notícia chamando a atenção as autoriades competentes para velarem pela situação.
“O Ministério da Comunicação Social está feliz por desempregar os trabalhadores da ZAP. Até quando é que o Ministério da Comunicação Social vai acabar com esta ditadura de matar o entretenimento, matar a arte, trabalhos e sonhos dos angolanos? O Ministério nunca teve noção do quanto a ZAP trabalhou e lutou para melhorar a cultura televisiva inovadora de Angola. Deu liberdade, oportunidade, trabalho, alegria e sonhos. É a única televisão que deu visibilidade a todo sector da arte em Angola, sem escolha de raça, sexo, cor, religião, deficiência, em geral, dos angolanos e, não só. Formou jovens, realizou sonhos, ajudou famílias e empregou milhares e milhares de famílias e jovens angolanos em todo o país e fora do país, começou por dizer o artista.
O cantor pronunciou-se também sobre o diferencial da ZAP na forma de se fazer televisão em Angola e a forma como valorizava os novos talentos e engradecia a arte em Angola.
“Durante estes anos todos, nenhuma televisão em Angola chegou ao nível mais alto de levar a arte fora do país e a inovação de trazer alegria, felicidade, para as casas dos angolanos como a ZAP. Hoje, por causa dos problemas do vosso ego de poder e liderança, nós, angolanos, é que acabamos por perder um canal que levava a nossa arte para outro nível e o mais engraçado é que o Ministério da Cultura nunca faz nada e nós, os artistas e as produtoras, olhamos isso e nos silenciamos, com medo de perdermos o pão. Pelo menos uma vez na vida, vamos ter carácter, coragem, dignidade para lutar pelo nosso trabalho, mais uma porta da nossa arte se fecha e nós sempre no silêncio, será que é este país que nós queremos?”, continuou.
Por fim questionou como seria o futuro de vários funcionários, que viram ontem mais uma porta de emprego se fechar, quiçá os os seus sonhos morrerem por conta destes despedimentos em massa.
“Hoje temos nossos irmãos funcionários desempregados, que nem sei onde vão poder se virar para sustentar as suas famílias. Assim quando sairmos para manifestar vão dizer que somos da UNITA, porque queremos reclamar os nossos direitos. Atenção que tudo é até um dia. Deus não dorme”, completou.