Convidado a apresentar o legado de Angola e de África, no Congresso das Nações Unidas, nesta segunda-feira, 14 de Junho, o músico angolano, Paulo Flores, viveu momentos altos da sua carreira, e não deixou de espelhar a sua alegria por conquistar este feito.
O evento que teve como lema “Herança Cultural”, aconteceu em Genebra (Suíça), e foi presidido pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres.
A “Herança Cultural”, perda e preservação de património são uma das preocupações da Organização das Nações Unidas. Em representação da classe artística mundial o Congresso chamou Paulo Flores e o tenor Nelson Ebo para as actuações em formato virtual.
Elevando para o mundo a beleza da musicalidade angolana, os dois artistas cantaram o tema “Monami” de autoria de Fontes Pereira ( Fontinhas ) em Kimbundu representando a perda de um filho, em nome de todas as crianças que se perdem nas guerras e fronteiras que os adultos impõem , na miséria e na fome, de comida de cultura e de educação.
Em sua conta do Instagram, o músico espelhou a sua alegria por participar do evento.
“A nossa participação, minha e do Nelson Ebo, foi a única atuação neste congresso. Foi uma honra sermos os escolhidos, nós representando a música de Angola e representando as heranças culturais o nosso património e o património de todo o mundo”, lê-se na publicação.
Paulo Flores nasceu em Luanda e passou parte de sua infância em Lisboa, canta principalmente em português, embora algumas das letras das suas canções tenham letras em Kimbundu. Começou como cantor de kizonba, lançou o seu primeiro álbum em 1988. Conhecido como cantor de semba, suas canções tratam temas diversos como o governo, a vida quotidiana dos angolanos, a guerra civil e a corrupção.
Por: Victória Pinto