O Kudurista angolano, Pai Profeta, abriu seu coração em conversa com Fly Skuad na rubrica “Fly Podcast”, e falou da sua história de vida, revelando que chegou a assistir a morte da mãe quando ainda tinha 12 anos.
Convidado a participar da edição desta terça-feira (31), de Agosto, o kudurista Pai Profeta que falou de vários assuntos desde a vida profissional, pessoal e envolvimentos em polémicas, deixou os internautas comovidos ao relembrar o verdadeiro motivo que o levou a entrar na vida militar, em causa a morte de sua mãe.
“Eu hoje seria um oficial. Entrei na vida militar com 18 anos de idade e hoje tenho 36 anos. A minha mãe é do Uíge e o meu pai é português, sou órfã de pai e mãe. Os meus pais morreram no tempo de guerra, eu sou um dred que assistiu a minha mãe a morrer pelo projecti, o corpo da minha mãe dividiu-se, tivemos que usar um cobertor para ser enterrada. Então, aquilo me chocou bastante que eu não conheço outro tipo de vida de que Pai Profeta foi serralheiro ou carpinteiro não, logo que cresci foi na vida militar e é ai aonde vou morrer, jurei a minha bandeira e me entreguei de corpo e alma, eu das forças armadas não saio.
Pai Profeta continuou por dizer que tudo aconteceu na província do Uíge, quando tinha apenas 12 anos: “Na altura tinha 12 ou 13 anos, e foi no Uíge, no Sanza Pombo, no Bairro Q20, e eu vejo que a juventude angolana foge muito das suas origens, por exemplo, eu falo muitas línguas e vejo jovens esquecem delas e preferem falar inglês que nos aldrabarão em Angola, é falta de meter na cabeça que ‘eu vou praticar isso’, é tudo nossa ignorância”, disse.
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