Mc Cabinda revela que chegou de comprar arma de fogo para se proteger das ruas na adolescência


O rapper angolano Francis que esteve ausente dos holofotes por questões de saude, foi um dos convidados da edição desta quinta-feira (11) de Abril, do programa Zap News, comandado por Daniel Nascimento e Henesse Cacoma. Oportunamente, Francis revelou que na sua adolescência, vivia no Bairro do Palanca propriamente na Rua F, teve que comprar uma arma de fogo para se proteger das ruas que na altura estavam violentas. 

Entre outros assuntos ligados a vida pessoal e profissional, MC Cabinda recordou parte das suas origens e adiantou que continua a frequentar a rua F do Palanca, onde convive com os seus ‘velhos amigos’.

“Até hoje eu vou sempre ao Palanca, fico na rua a ouvir as pessoas, arranjo tempo para falar com cada uma das pessoas, o puto que é fã e ainda não conheci, arranjo um tempinho”, disse.

Voltado ao mundo do Rap, que actualmente encontra-se de luto pela morte do rapper norte-americano Nipsey Hussle, assassinado a tiros em Los Angeles no passado dia 31 de Março, Francis que na sua adolescência viveu no bairro Palanca, que na altura era violenta por causas das Gangs, contou que quando regressa ao local é sempre bem recebido e reconheceu que o nível de violência no estilo em Angola é muito baixa em relação aos EUA.

“Eu acho que o nível de inveja no ser humano é bue patente, isto em todas as classes e todos os sítios existe. Mas o nível de violência que tem no Rap americano ainda não se enquadra aqui, é totalmente diferente, e uma tragédia pode acontecer em qualquer sitio. Nem os kudurista se matam, eles que são bem mais malucos, os kuduristas que morreram foram mortos pela policia, então ainda não estamos neste nível. E a cenas de gang nos bairros em grupos eu sempre fui bem respeitado”, afirmou o rapper.

Embora já ter feito parte de um grupo ainda jovem, o rapper revelou que chegou de comprar uma arma de fogo para se proteger da violência que o bairro apresentava, e sempre que tivesse confusão no local entre grupos nunca era tocado, porque de alguma forma teve o carinho do pessoal.

“Teve um certo momento da minha vida que estava a ter certos desequilíbrios, mas foi rápido. Estava a ter muita violência no bairro, vinham outros grupos passavam pela rua F, confusão, eu pensei ‘parece que tenho que comprar uma arma’, foi uma fase que comprei uma arma mas depois vi, esse não é sou eu. Nunca usei. Tinha ela porque naquela fase da adolescência e juventude e estava tudo violento, eram lutas, garrafas, e tinha que me proteger. E graças a Deus, sempre tive carinho até o pessoal do grupo não me tocava, já houve várias confusões, inclusive chegaram de agredir o pessoal do meu grupo mas chegavam ao meu lado e diziam ‘você deve ser bem fixe’, então vi que não teve necessidade de ter gang”,  recordou Francis.

 


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