Márcia Menezes brilha na Tailândia com peças de alfaiate angolano e conquista apoio de estilista tailandês


Sem apoio de estilistas angolanos na empreitada de representar Angola no certame internacional “Miss Grand International 2021”, que acontece em Dezembro, Márcia Marília Agostinho de Menezes teve que usar algumas roupas de sua mãe e outras feitas por um alfaiate angolano de quem recebeu apoio. Com a sua simplicidade, a jovem angolana conquistou o carinho público e o apoio de um criador tailandês que se predispôs a vesti-la.

Após ter passado por uma situação menos boa, a mãe de Marcia decidiu entregar os seus vestidos mais belos à filha para que os usasse no concurso, e deu também deu alguns tecidos que a representante de Angola levou ao seu alfaiate que se disponibilizou a ajudá-la.

“Acredito que a minha mãe tem este vestido há mais ou menos 20 anos. Passei por uma situação embaraçosa e quando disse à minha mãe, não pensou duas vezes, foi comigo ao quarto dela e disse-me, filha, tira os vestidos que estão aqui e leva-os ao concurso, tenho muitas roupas da minha mãe comigo porque ela queria garantir que eu chegaria à final do concurso bem apresentada, minha mãe tem tecidos que ela manteve por mais de 20 anos e ela me deu tecidos para levar ao alfaiate para fazer algumas roupas para mim, e meu amado alfaiate não pensou duas vezes antes de se dedicar a me ajudar”, descreveu a jovem.

Foram através de seus trajes doados pela sua mãe e os criados pelo alfaiate angolano, que Márcia de Menezes se destacou na Tailândia e despertou o interesse dos estilistas tailandeses. Apesar da consideração que nutre pelo seu alfaiate que muito fez para o seu destaque e para tais conquistas, a jovem angolana sonhadora, de 27 anos, decidiu que irá usar um vestido do criador tailandes para a semi-final.

“Quase toda semana recebo uma mensagem de um estilista tailandês com a intenção de me vestir para a preliminar, infelizmente para preliminar eu não posso porque vou usar com grande honra o vestido feito pelo meu alfaiate, eu disse à ele que levaria um alfaiate desconhecido para um palco internacional e que seu trabalho será visto ao redor do mundo. Mas hoje acabei aceitando usar um vestido tailandês para a final porque quero homenagear essas pessoas maravilhosas que se esforçam muito para me ajudar”, contou a jovem.

Vale ressaltar que com a exposição da situação, alguns internautas sentem-se desapontados com o facto dos estilistas angolanos não apoiarem a jovem angolana que foi representar o país.

Márcia é a segunda angolana a participar no Miss Grand, concurso esse que tem valorizado a beleza e projectos de todas as mulheres com o principal objectivo unir os países, e colocar o fim da guerra no mundo.

É importante salientar que, Angola estreou-se no Miss Grand International em 2015 e foi  na altura representada pela angolana Meriam Kaxuxwena, que chegou ao Top 20 das semifinalistas.


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Um Comentário

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  1. Muitos de nós angolanos temos aquele espírito de criar barreiras onde deveriamos construir pontes. Quando ajudamos um irmão nesses tipos de situações, quem sai a ganhar somos mesmo nós.
    “As vezes penso que somos ciúmentos e invejosos. Queremos sempre estar no lugar dos outros”.