Em entrevista exclusiva concedida ao AngoRussia, o actor e guionista angolano Jaime Cazeza, abriu o coração ao falar sobre as perdas marcantes que enfrentou ainda na juventude, e como essas experiências moldaram o seu olhar para a vida e a sua carreira.

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Jaime, revelou ainda que carrega nas suas narrativas o peso e a profundidade das suas vivências e ainda assim, garante versatilidade em suas histórias e textos.
“Tornei-me órfão de pai aos 15 anos e de mãe aos 17. As minhas histórias, os meus guiões, os meus textos são marcantes, eu sou um guionista que ama drama, a minha paixão pelo drama deve-se a tudo que passei, mas também sei desenvolver histórias cômicas, mas é impossível contar uma história se você não passou por tal situação”, disse.
Questionado sobre como conseguiu gerir tamanhas perdas sem deixar a carreira desmoronar, Jaime disse que envolvimento com o teatro e o audiovisual foi o seu refúgio nos momentos mais difíceis e destacou ainda a importância do apoio que recebeu de colegas e mestres ao longo do caminho.
“Eu costumo dizer que a arte salvou-me a vida, perdi a mãe hoje e na semana seguinte já comecei a ensaiar, a arte tem a particularidade de te fazer esquecer tu deixas de viver quem tu és para viver outras vidas, é bem sabido que um filho sem pai e mãe fica tão vulnerável para o mundo. Tive grandes colegas e grandes mestres”, concluiu,
Por: Airiana Mateus





