Figuras públicas agastadas com a situação de Fabrice Maieco “Akwa”: -“Estamos contigo”


Depois do ex-deputado e capitão dos Palancas Negras, Fabrice Maieco, mais conhecido por Akwa, voltar a televisão e abordar sobre a sua actual situação aos prantos, acusando o dirigente Alves Simões por ser o responsável na altura de fazer o pagamento dos 260 mil dólares a FIFA, pagar a multa no Qatar SC, e o mesmo rebater as acusações, negando saber sobre o dinheiro e prometeu ainda processar o ex-jogador, algumas figuras públicas angolanas como Cabingano Manuel, Big Nelo, Yuri da Cunha, Costa Vilola, Kaysha, Dalila Prata, Noite e Dia, Dj Dias Rodrigues, Liriany de Castro, Sophia Bucco, Kid MC, entre outras, mostraram o seu descontentamento com a forma como está a ser tratado a maior glória do futebol nacional. 

Insatisfeito com a situação que dá conta de uma divida de ‘míseros’ 260 mil dólares ao Qatar SC, por ausência, do jogador Akwa, e o mesmo cair em lágrimas durante o programa “Prolongamento”, da Tv Zimbo, o apresentador Cabingano Manuel mostrou-se insatisfeitos e sensibilizados com a falta de gratidão por aquele que levou o nome do futebol angolano em outros patamares.

“Fabrice Maieco estou profundamente triste com o que estamos a fazer contigo por míseros 260 e tal mil dólares, numa terra que deste zilhões de alegrias, impossíveis de pagarmos com moeda alguma. Mas, aqui ninguém protege as marcas, as referências? Não se aceitam os ‘ídolos’?  Devíamos todos contribuir para te devolver a alegria que perdeste por nossa causa. Aliás, por uma razão de alto patriotismo que ainda temos na memória ou seja, que a nossa memória colectiva jamais esquecerá. Tu és craque, mano! Estamos contigo. Hoje, ao chorares na televisão, lembrei-me do teu choro depois daquele golo que nos classificou para o mundial da Alemanha e chorei, novamente, contigo de tão forte que foi a emoção.  Até já te querem levar à tribunal por reclamares? Fogo, leva-nos tu ao tribunal, por ingratidão colectiva, nosso Rei. Não chores mais eterno capitão, Deus fará justiça”, escreveu Cabingano.

O cantor e CEO da Produtora B26, Big Nelo, mostrou-se incrédulo que passados 10 anos, a situação ainda não tenha sido resolvida e recordou que é uma obrigação de todo o cidadão angolano resolver a situação de Akwa, uma vez que é um símbolo do futebol nacional.

“Nosso Akwa. É uma obrigação nossa resolver urgentemente a tua situação. Orgulho Nacional. Patriotismo. Não consigo perceber como é que depois de 10 anos isso ainda não se resolveu”, disse Big Nelo.

Já o humorista do grupo Tuneza, Costa Vilola surgiu nas redes sociais com muitas questões que por sinal ninguém consegue responder.

“Assim mesmo tá bom? Um herói nacional ir chorar na televisão porque o país lhe virou as costas ou os nossos heróis e honestos políticos comeram o dinheiro dele?”, questionou o humorista Costa.

Por sua vez, Liriany de Castro incentivou os milhares de seguidores a organizarem juntos uma campanha em que todos possam ajudar Akwa a apagar a dívida que já acarreta 10 anos.

“Penso que juntos podemos ajudá-lo devíamos todos fazer uma campanha eu sou Akwa! É possível quando todos colaboram, que nossa passagem cá na terra seja marcada pelos nossos feitos é triste ver um marco histórico deste passar por isto… Que Deus sensibilize a todos e sejam capazes de o ajudar “, Liriany de Castro.

Outros figuras públicas que também mostraram-se sensibilizados e dispostos a ajudar o ex-jogador, foram Kaysha, Dalila Prata, Noite e Dia, Dj Dias Rodrigues, Sophia Bucco. Kid MC e Yuri da Cunha.

O antigo internacional Fabrice Maieco “Akwá”, suspenso há mais de 10 anos de toda actividade desportiva, recordou durante a entrevista que a  multa de 260 mil dólares ao Qatar SC, surge por ausência, fora do prazo estipulado por lei, numa altura em que representava a selecção nacional.

“Depois de um jogo (da selecção), eu tinha 48 horas para me apresentar ao clube, mas, por orientação da FAF, toda a equipa veio primeiro para Luanda (a excepção de Mantorras – Sport Lisboa e Benfica). Atrasei-me e, por isso, o clube apresentou queixa à FIFA e fui suspenso”, explicou no programa “Prolongamento” da TV Zimbo, emitido segunda-feira.

Em lágrimas, o ex-camisola 10 dos Palancas Negras disse, porém, não se sentir arrependido por tudo que o fez pelo futebol nacional.

Explicou que, durante a preparação do CAN de 2010, decorrido no país, foram-lhe dadas oficialmente garantias de que a FAF resolveria a questão, tendo, a partir daí, mantido contactos com Alves Simões, na altura vice-presidente para as selecções nacionais, sobre a liquidação, que, no entanto, não se efectivou até ao momento.

Reagindo às declarações do actual presidente do Interclube, Alves Simões, em conferência de imprensa, em que ameaçou processar Akwá pelas acusações segundo as quais este dirigente teria responsabilidade no não pagamento da multa ao clube Quatar SC, o antigo atleta disse ter consciência das suas afirmações.

Alves Simões, na altura vice-presidente para as selecções nacionais, diz desconhecer qualquer orientação relativa ao pagamento da multa.

De recordar que na altura em que o ex-jogador foi sancionado pela FIFA, marcou o único golo do desafio frente ao Ruanda, em Kigali, que qualificou os Palancas Negras para o Mundial de 2006, decorrido na Alemanha.

Akwá começou a carreira profissional em 1992 no Nacional de Benguela. Passou pelas equipas portuguesas como Sport Lisboa e Benfica, Alverca e na Académica de Coimbra. No Qatar também jogou nas equipas do Al-Wakra, Al-Gharafa e encerrou a carreira no Petro de Luanda, em 2008.


Gostou? Partilhe com os teus amigos!

0 Comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *