Eva RapDiva aconselha Cônsul de Angola em Portugal a pedir demissão


Conhecida por usar sempre o seu direito como cidadão, a rapper angolana usou mais uma vez a prerrogativa que lhe confere a constituição, Eva Rap Diva, recorreu as redes sociais para aconselhar o Cônsul de Angola em Portugal a pedir demissão, depois dos mesmo ter feito um pedido considerado por ela como ‘desrespeitoso’ à comunidade angolana. O responsável pediu em declarações ao angolanos para que respeitassem as leis portuguesas e em particular aos jovens, para evitarem “arruaças”, após os recentes distúrbios no bairro da Jamaica. 

Insatisfeita com o apelo do representante de Angola, Narciso Espírito Santo que falava nesta manhã (25) de Janeiro, em Lisboa, durante um encontro com cerca de três dezenas de representantes de associações e organizações eclesiásticas da comunidade angolana, Eva Rap Diva, que encontra-se em Lisboa, Portugal, por questões de trabalho, em um texto partilhado com os seus fãs e seguidores, disse que encontra-se disponível para um breve encontro com o Cônsul, para assim aconselhar-lhe pessoalmente a pedir demissão, pois a sua atitude desrespeita décadas de uma luta árdua por igualdade de direitos e oportunidades de uma comunidade que vive silenciada pelo racismo cínico que existe sim em Portugal.

“Exmo Cônsul estou em Lisboa e caso esteja disponível para me receber como recebe alguns ba*** posso ir dizer-lhe pessoalmente que a melhor solução para si é Demissão! Já não estamos disponíveis para pagar salário a pessoas que não nos representam! Oiça a comunidade que representa como já fez, perceba os seus problemas e ajude no que for possível, porque é para isso que está aí. Quando banaliza este tipo de assunto dizendo “evitem arruaças” está a desrespeitar décadas de uma luta árdua por igualdade de direitos e oportunidades de uma comunidade que vive silenciada pelo racismo cínico que existe sim em Portugal”, começou por aconselhar a rapper.

Ainda na sua onda de pensamento, a autora do hit “Arrepio Meu”, continuou por dizer que várias forças de segurança que exteriorizam as suas ideias racistas e xenófobas, usam tatuagens e simbologia ‘neonazis’, pertencem a grupos assumidamente racistas, e que infelizmente as organizações nada fazem para expurgar estes ‘tumores’ do seio das forças de segurança.

“Só a título de exemplo deixo um excerto de uma matéria do ‘Diário de Noticias’ com afirmações do Vice Presidente do maior sindicato da PSP: ‘Há elementos das várias forças de segurança que exteriorizam as suas ideias racistas e xenófobas, usam tatuagens e simbologia ‘neonazis’, pertencem a grupos assumidamente racistas, isto é do conhecimento de todos e infelizmente as organizações nada fazem para expurgar estes ‘tumores’ do seio das forças de segurança. Pergunte-se à IGAI, à PSP, à GNR, à Guarda Prisional ou a qualquer outra força o que fazem quando são detectadas estas situações. Nada, não fazem nada’, sublinhou Manuel Morais na entrevista. Alertava ainda para o facto de ‘os preconceitos’ perturbarem ‘o olhar e a acção dos profissionais da Polícia’. Muito grata pela atenção”, finalizou a artista.


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