Eva Rap Diva mostra indignação por actos de agentes da polícia contra mulheres

A rapper angolana Eva Rap Diva partilhou recentemente várias publicações no Twitter, onde mostrou a sua total indignação contra os actos de violência e abuso contra a mulher, protagonizados por agentes da Polícia Nacional no exercício das suas funções.

Por meio de várias mensagens publicadas na rede social acima referida, Eva chamou a atenção sobre a necessidade de formação na Polícia Nacional sobre a questão da mulher, os abusos e violência de que são alvo.

“Precisamos formar a Polícia Nacional em relação as questões da mulher, a violência e abuso contra nossos corpos e vidas. Seja pobre ou rica. É preciso educar, criar regras e depois punir quem não cumprir”.

A artista enfatizou o caso da mulher zungueira que sofre diariamente quando o seu produto é levado pelos agentes, algo que acontece com frequência e que considera um assunto sério.

“É inaceitavel que uma zungueira depois de ver os seus produtos levados por estar a vender na rua, consiga reavê-los porque aceitou fazer “um sexo de aliviar ele rápido” (como ouvi ontem). Isto acontece com frequência não é mito nem é piada”.

A artista considerou ainda preocupante o caso em que agressores corrompem os agentes como forma de verem retiradas as acusações contra si, em queixas efectuadas por mulheres quando sofrem violência domêstica.

“Continuamos com mulheres que sofrem com violência doméstica a irem a esquadras e a ter os polícias a dizer, “mana casamento é mesmo assim”, polícias a não dar seguimento ao processo porque o agressor lhes corrompe ou é um conhecido, etc, são queixas que precisam ser tratadas com seriedade”.

Eva alerta que é necessário parar de resolver problemas que carecem de uma resolução nos tribunais, nas esquadras, pois resolvem-se de forma branda.

“Angola tem leis, tem instituições, tem seres humanos com direitos, devíamos ser todos iguais perante a lei e as instituições, mas nesses casos por exemplo as mulheres pobres estão constantemente expostas a esse tipo de violências como se fosse normal e aceitável. Não é. É criminoso”, concluiu.