O saxofonista Manu Dibango, natural dos Camarões, morreu hoje na França aos 86 anos, vítima da covid-19. “O mundo da música perde uma de suas lendas”, lamentou nas redes sociais o ministro da Cultura francês, Franck Riester.
Várias entidades e figuras do showbiz africano lamentaram a morte prematura do gigante (de altura e talento) músico camaronês, entre elas a empresária Karina Barbosa e a cantora Bruna Tatiana que tiveram o privilégio de estar com o artista durante uma das suas passagens por Angola.
“🖤🙏🏽 #RIP Manu Dibango 😔. Esta lenda da música africana é a primeira estrela internacional a morrer vítima do Covid-19.
O icone e saxofonista camaronês de 86 anos, famoso pelas suas fusões de jazz e funk com as sonoridades tradicionais do seu país, faleceu em Paris depois de ter contraído o #coronavirus
A família anunciou através da página oficial do artista no Facebook que dada a realidade actual, a cerimónia fúnebre será muito íntima e restrita, e pediu aos fãs, comunidade, amigos e parceiros que enviassem as suas condolências via redes sociais ou email, e informou ainda que uma cerimónia de homenagem a Manu Dibango será organizada posteriormente, quando já houverem condições para tal”, escreveu Karina.
Por sua vez, Bruna Tatiana mostrou-se orgulhosa por ter conhecido, pessoalmente, o mestre do jazz.
“Tive o previlegio de te conhecer 💔 descansa em paz mestre Manu Dibango #rip”, lamentou a cantora.
O cantor Youssou Ndour tuitou sua “tristeza”: “Você foi um irmão mais velho, um orgulho para Camarões e para toda a África”
“Seu legado, imenso, permanecerá. Sua criatividade era genial. Fazia as pessoas dançarem, com eficiência formidável”, comentou à AFP Martin Meissonnier, DJ e produtor, “arrasado com sua morte”.
Dibangu actuou com a cantora cabo-verdiana Cesária Évora. Gravou o clássico “Diarabi” com o angolano Bonga para o disco Wakafrika, de 1994; em 2017, lançou o disco M&M com o jovem saxofonista moçambicano Moreira Chonguiça.
Um de seus grandes sucessos, o irresistível Soul Makossa, inspirado num ritmo do movimento epónimo, lançado em 1972, seduziu Michael Jackson que o citou no final de seu electrizante Wanna Be Starting Something, sem creditá-lo no genérico, o seu álbum de 1982 tornou-se um sucesso à escala global. Um julgamento e um acordo financeiro seguiram. A história repete-se, uns anos depois com a cantora Rihanna que usou, sem autorização o tema musical de Soul Makossa
Veja a seguir a repercussão da morte de Manu Dibango: