Numa altura em que se especula sobre a real situação financeira do cantor angolano, Francis Boy em Portugal, e circula a informação de que o mesmo terá rejeitado determinadas oportunidades de trabalho naquele país, o músico partilhou recentemente, a sua trajectória e experiência de trabalho no território português.
Num longo texto partilhado no seu perfil do Instagram, Francis Boy contou que desde a sua chegada nas “terras de Camões” já trabalhou nas indústrias da alimentação, foi ajudante de construção civil, lavador de carros de luxo, motorista de entregas, fez trabalho de reciclagem numa gráfica, entre outras funções.
“Fica atento para não falar atoa…!”, começou por alertar nos prints partilhados.
Francis começou por dizer “Quando cheguei no território português, os primeiros trabalhos que fiz foram: trabalhos das indústrias da alimentação das 6h da manhã até as 6h da noite, dentro de uma empresa que parecia um frigorífico por se tratar de produtos frescos (todo o tipo de carnes), 2021. Ajudante de construção civil – primeiro trabalho foi com um brasileiro amigo do Fogo de Deus, que não gostava de pagar o salário completo”.
O músico angolano residente em Portugal, continuou descrevendo que “Novamente ajudante de construção civil: com os meus amigos que são mestres de obras e remodelações até hoje – Mestre Kalivovo
e Tuche são angolanos”.
Francis acrescentou que voltou a trabalhar como ajudante de obras, na empresa de um empresário português/moçambicano, entre 2021 e 2022.
“Ninguém mostrava um trabalho fixo todos os quais eu solicitava um trabalho mostravam que o nível era só até aí, nos trabalhos que são chamados de trabalhos precários. Então decidi levar a minha vida, sozinho, comecei a trabalhar de noite na empresa ‘LISGRAFICA’, uma gráfica que fabricava o jornal Correio da Manhã, e vários outros jornais e revistas diariamente, ou seja, o trabalho era de segunda a segunda com entrada às 22h e saída às 4h da manhã apenas uma folga na terça-feira”, contou.
O artista seguiu contando que foi transferido para outra empresa, também uma gráfica, onde fez o trabalho de reciclagem dos materiais não vendidos e posteriormente, passou para outra e se tornou em lavador de carros de luxo, por ser um bom funcionário foi transferido para outros postos de trabalho da mesma empresa até ser cancelado, como fez saber.
“Em 2023, entrei novamente na luta, até conseguir um novo emprego na empresa 100demoras, como Motorista de entregas na Empresa Nacex, por eu ser tão bom e por dominar as ruas fácil e rápido, alguns colegas e o coordenador sabotaram o meu trabalho, e cancelaram-me, eles mexiam na minha rota, alteravam as minhas entregas e davam-me muita responsabilidade, mesmo sendo novo, das 7h da manhã até as 7h da noite (era rijo)”, disse.
Francis Boy que deixou claro que a partilha da sua trajectória em Portugal é para que o público entenda como tudo aconteceu até chegar ao pedido de apoio do Puto Prata, destacou “A legenda é para você saber que eles nunca me ajudaram em nada, só me canelavam o tempo todo. Só roubavam as minhas ideias, os meus planos, e seguiam os meus passos o tempo todo. Consegui tudo sozinho, documentos, influência, conquistei amigos de várias nacionalidades que nem mesmo eles que já estavam aqui na Europa conseguiam fazer, por isso daí surgiu o ciúme e a inveja”.
“Se você fez uma doação ou oferta no meu nome saiba que não me chegou nada, eu continuo nó hustle, sem eles, por isso lhes dói”, terminou.
Importa lembrar, que recentemente, o kudurista Puto Prata fez uma publicação no seu perfil do Instagram, onde lançava uma campanha de pedido de apoio ao cantor Francis Boy que supostamente está a passar por uma situação financeira difícil, algo que o mesmo nega.