A actriz angolana Celma Pontes, falou recentemente durante uma entrevista exclusiva ao AngoRussia, sobre o estado actual do teatro em Angola.
Celma, começou por considerar que para si, o teatro encontra-se na sua melhor fase, a mesma fez referência à Luanda, e contou que escusa-se em falar de outras cidades do país das quais conhece os motivos que contribuem para o desfavorecimento da arte naquelas zonas, e que na capital o surgimento de novas produções tem ajudado a dar destaque a classe teatral.
”O teatro está numa fase das melhores possíveis, tem havido muitas produções, não posso falar a nível nacional, pois sei que nem todas as províncias estão a trabalhar de igual forma infelizmente, mas por diversos factores desde patrocínios a falta de espaços para apresentações”, contou.
Sobre a valorização do teatro em Angola, a actriz explicou que não considera que a arte tem sido desvalorizada no seu todo, mas que tem sido posta de lado, já que anteriormente os profissionais trabalhavam por amor e hoje além do amor precisam de ser remunerados por conta do custo de vida.
”Desvalorizada não digo, mas as vezes posta um pouco de lado entre dúvidas e etc. Em anos passados houve uma fase que se faziam muitas produções, e era que quase por amor a camisola, mas hoje os tempos mudaram, os actores que trabalham arduamente precisam se alimentar, alguns até têm outros empregos para além da arte, mas quando se tem produções onde teriam que empenhar todo o seu tempo, têm de ser pagos”, frisou.
No entanto, Celma fez menção a questão dos investimentos, e destacou que existe a necessidade dos empresários apostarem mais neste ramo, e que além de ajudar no desenvolvimento cultural do país, os mesmos também se beneficiariam como tem acontecido, já que além de promover as suas marcas estariam a empregar pessoas.
”Mais apostas! Já está mais do que visto que os empresários e aqueles que apostarem no teatro saem a ganhar também. Para além de se promover a marca patrocinadora dando destaque a mesma, é um ganho para a cultura nacional”, mencionou.