Home EntretenimentoFama C4 Pedro defende que a verdadeira independência é cultural e espiritual, não apenas política

C4 Pedro defende que a verdadeira independência é cultural e espiritual, não apenas política

O autor de "Sem Querer", acredita que a independência plena só será alcançada quando o povo angolano recuperar o orgulho das suas raízes e tradições.

Por Victória Pinto

Às vésperas do dia da “Dipanda”, o artista C4 Pedro defendeu que o enaltecimento da cultural e da espiritualidade, são a independência que mais importa é não apenas a política, reflectindo sobre o significado da liberdade e da identidade.

@IG: C4 Pedro

“Estamos a celebrar 50 anos de independência, mas de independência de quê? Política ou mais alguma”, questiona C4 Pedro em entrevista à agência Lusa, sublinhando que a sua “preocupação hoje é a independência cultural e tradicional”.

Para o artista, o meio século de soberania, que se assinala no dia 11 de Novembro, deve ser motivo não só de comemoração, mas também de introspeção.

“Esta é a independência que eu, como angolano, venero. Eu não luto por uma bandeira, eu luto por uma terra, eu luto por um povo, por uma etnia, por uma história, mas uma história que não beneficia A, nem B, nem C, que beneficia o alfabeto todo”, disse o cantor.

O autor de “Sem Querer”, acredita que a independência plena só será alcançada quando o povo angolano recuperar o orgulho das suas raízes e tradições.

“Primeiramente, o angolano saiba quem é. .. tenha orgulho de ser ele mesmo. É que quando eu venho para Portugal e visto-me como angolano, estou a abrir o olho para que os meus irmãos percebam que é bonito sermos nós, sermos independentes”, acrescentou.

C4 Pedro considera que a música e a arte têm um papel central na construção de uma consciência colectiva.

“Eu estou a chamar a atenção a toda a gente, não só aos músicos, mas a arte tem muito poder”, afirmou o músico, justificando que para si a música “não é só para ‘cuiar’, não é só para dançar”, mas também para meditar, pensar e despertar.

O cantor considera que cada criador tem responsabilidade no despertar da identidade africana e na valorização das suas histórias e tradições.

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