A mais recente voz da música angolana, Biba, abriu o seu coração em uma entrevista exclusiva à AngoRussia, nesta quinta-feira (19) de Agosto, para falar sobre a vida pessoal e sobre o início da sua nova carreira.
A nível do mundo, os homossexuais ainda têm sofrido muito preconceito e enfrentam diariamente situações desagradáveis por exporem naturalmente a sua orientação sexual. Apesar de ter enfrentando constrangimentos desde muito nova, Biba começou a conversa por dizer que o preconceito e a rejeição não a impediram de se assumir como homossexual.
“Sou muito livre! Fui a minha própria inspiração na minha fase de aceitação, por isso não demorou muito tempo para me assumir, tanto mais que não precisei esconder a minha homossexualidade por medo do que as pessoas poderiam dizer”, revelou a cantora.
A digital influencer e autora do single “Tóxica”, fez transparecer que o seu maior desejo é desmistificar a homofobia, exactamente pelo facto de que a sociedade angolana não tem uma visão aberta quando se trata de aceitação da opção sexual de qualquer pessoa.
“Meu papel é desmistificar a homofobia, porque hoje em dia as pessoas só convivem com gays por conveniência, e não porque gostam ou respeitam”, declarou.
Durante a entrevista, Biba confidenciou sobre o momento mais sensível que passou na sua vida, após ter se assumido como homossexual e garantiu que actualmente sente-se mais confortável por ter assumido a sua realidade.
“A situação mais difícil que eu vivi após ter me assumido como homossexual, foi quando expulsaram-me da sala de aula! Foi muito difícil, mas hoje em dia consegui ultrapassar essa situação porque sou uma pessoa muito forte”, expressou.
Biba contou ainda que a sua família teve uma reacção positiva porque desde muito cedo sempre demonstrou a sua homossexualidade.
“Minha família sempre soube que eu era homossexual porque sempre demonstrei isso, quando mais pequena enquanto brincava com as minhas primas. Na verdade eu penso que a família é sempre a primeira a saber. Tanto mais que a reação deles foi positiva.”
Por: Anasilda Brancel