Na sua passagem recente, pelo programa online ”Fly Podcast” para uma entrevista de aproximadamente quatro horas, Biba falou sobre as dificuldades que enfrentara durante a infância e salientou a respeito de determinados episódios ”homofóbicos” que teve de lidar.
Biba que destacou ter passado por situações de discriminação que a afectaram directamente, salientou que o preconceito não morre e que continua a ser apontada com comentários discriminatórios.
“Eu já passei sim, preconceito nunca morre, até hoje existe. Porque quando tu passas na rua, nos táxis vão gritar-te ‘panina’, tens que morrer, existes porquê? Seu ‘bicho’. É estranho, eu não sou de ler comentários tanto é que existem páginas que não sou de ‘acompanhar’, por causa de alguns comentários, mas eu não me sinto inútil com os comentários que as pessoas fazem, porque eu sei quem sou, de onde venho e aquilo que pretendo obter acima de tudo”, disse.
Em vésperas da realização do seu noivado, Biba recordou de um episódio ”extremo”, onde chegou a ser agredida e considerou que foi resultante da sua orientação sexual.
“Já fui agredida por alguém que eu não conheço. Estava numa festa, vindo da casa de banho, tem este vídeo no YouTube inclusive, porque espalharam, mas ainda não era famosa, mas já me conheciam. Alguém chegou e disse que queria falar comigo e eu vi os olhos da pessoa estavam muito vermelhos e dava-me impressão que estava ‘estimulado’ e depois eu disse que não poderia falar e tinha que me retirar. Enquanto me retirava a pessoa vira-me para cima, mas não fez com que eu repensasse quanto a minha orientação sexual porque é a coisa mais certa que eu sei… A todo o momento a pessoa frisava o nome ‘seu gay’ e várias vezes acontecia isso”, contou.
Importa ressaltar que a autora do single “Tóxica”, é uma das pessoas que busca desmistificar a homofobia, exatamente pelo facto de considerar que a sociedade angolana não tem uma visão aberta quando se trata de aceitação da opção sexual de qualquer pessoa.
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