Após ter acompanhado o episódio de um menino que foi supostamente obrigado a cortar o cabelo para frequentar a escola, compadecida a cantora angolana Ary, pronunciou-se nesta segunda-feira, 26 de setembro sobre a situação, e aproveitou levantar algumas questões endereçadas as instituições de ensino.
Preocupada, Ary afirmou estar com medo, em detrimento de o seu filho correr o risco d passar um dia pelo mesmo episódio, e questionou se o corte de cabelo influenciaria na inteligência do rapaz que no vídeo partilhado pela artista parece triste com a situação e clama para regressar a Espanha.
“Acordei com esse vídeo triste. Fiquei com medo pelo meu filho, medo que sofra como este menino, medo que ele não queira viver no país dele como este menino, medo que ele tenha que cortar o cabelo como este menino, o cabelo dele era tão lindo, por quê isso? O que é que o cabelo tem a ver com a inteligência dele? O que é que o cabelo tem a ver com o desempenho escolar dele? Por que o cabelo incomoda os professores? A direção da escola? Porque de certeza os colegas não se sentiam incomodados com o cabelo dele. Fogo… Estou sem palavras, triste e revoltada também. O dia que o meu filho disser que já não quer viver no país dele por causa disso mudo-me com ele rápido”, contestou Ary.
Dentre os comentários surgiram igualmente várias contestações de pessoas anónimas e figuras conhecidas, que também mostram-se indignadas com o episódio.
“Que horror que estão a fazer. O Ministério da cultura tem que se pronunciar. O nosso cabelo também é a nossa cultura e mais uma vez estamos a ser violados e pelos nossos! Nojo dessa gente estúpida! disse Anna Joyce; “Olha o meu filho passou pelo mesmo! E por esse motivo ele nunca mais quer voltar para Angola. Estávamos de férias e precisavamos tratar o passaporte dele angolano. Ele sempre teve o cabelo grande, sempre gostou de tratar do cabelo dele, mas foi obrigado a cortar para tirar foto para colocar no passaporte. Foi uma guerra de emoções, batemos portas, falamos com pessoas pesadas para ver se invertiam, mas nada ajudou. Eu só permiti porque sem o passaporte ele não sairiaa de Angola. Ele jurou para nunca mais, disse que aquela seria a última vez a pisar os pés em Angola”, mencionou uma internauta; “Sinceramente Angola é um país quadrado, por isso temos pessoas incompetentes a nos governar. Isso é violência fogo, mas crianças com cabelo encaracolados cabelos lisos podem, tanta discriminação num país de maioria negra. Isso é inconcebível”, rebateu Sofia Buco.
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