Anselmo, Eva, Costa, Gilmário e Daniel Nascimento saem em defesas dos angolanos agredidos na Jamaica, Portugal


Algumas figuras públicas como Anselmo Ralph, Eva Rap Diva, Daniel Nascimento, Gilmario Vemba, saíram em defesa da família agredida, afirmando que é repugnante este tipo de atitude, um desrespeito pelos direitos humanos e que se deve primar pelo respeito dos mesmos sejam eles pretos ou branco. 

 

Insatisfeita com as imagens capturadas no video que registou o momento da agressão dos cinco cidadãos angolanos membros da família Coxi, que circulam nas redes sociais, a rapper angolana Eva Rap Diva reconheceu que o mesmo acontecimento já havia vivido há 20 anos, quando ainda residia em Portugal.

Para Daneil Nascimento, não importa qual sejam as explicações, a violência nunca deve ser uma solução para cituações do gênero.

“Não sei o que se passou e cada uma das partes terá as suas justificações.
Mas, para já, pouco ou nada importa, diante DISTO. As imagens são demonstrativas dum estado de coisas que, de mudança em mudança, pouco ou nada se alterou. Há uma razão para, em 2019, (ainda) ficarmos chocados com o que vemos? Há: percebermos que, por muito que se fale ou pouco que se faça, há uma mentalidade reinante que permanece inalterada. Não me interessa de que lado está a razão. Agora não. E talvez nunca. Porque NENHUMA RAZÃO justifica, entre várias coisas, a agressão a uma mulher que tenta defender-se… duma AGRESSÃO!!! Há bons e maus em todo lado e em todos os lados? Claro que sim! Cresci e vivo numa realidade global, onde cabem todas as pessoas. Mas quando quero continuar a acreditar num mundo justo, sou confrontado com uma realidade injusta, cruel e desigual. (Ainda) não desisti, mas a minha fé na mudança de mentalidade está nos níveis mais baixos de sempre para o meu pessimismo. Aguardo o blah blah blah do costume… Infelizmente!
@nga_king @mastaogbigbabe@dongpadrinho há quantos anos cantámos sobre esse presente? Enfim”, escreveu o apresentador.

Por sua vez Anselmo Ralph, fez menção ao factor a ‘desrespeito pelos direitos humanos’, relembrando que não importa qual a razão não justifica tamanha brutalidade, esse acto foi desumano, pois quando uma parte do corpo está doente, o corpo todo sente.

“Não poderia ficar indiferente. Diante a tanto desrespeito pelos direitos humanos. A verdade é que não importa qual a razão não justifica tamanha brutalidade, esse acto foi desumano. Já vi assassinos serem tratados com melhor postura do que foram tratadas estas senhoras, já vimos terroristas serem melhor controlados pela polícia do que aconteceu com estas senhoras, será que para conter duas senhoras uma dezena de homens grandes e fortes e bem treinados precisam de usar tanta brutalidade. Nunca fui tratado desta forma em Portugal muito pelo contrário sou sempre recebido com muito carinho do qual sou grato e acreditem que o carinho é mútuo, mas eu não posso ficar indiferente e nem olhar para o outro lado quando vejo minhas irmãs a serem tratados desta forma, ‘porque quando uma parte do corpo está doente, o corpo todo sente’. Imaginemos se Portugal assistisse imigrantes portuguesas em Angola ou em um outro País, a serem humilhadas desta forma? as suas manas e senhoras mais velhas a serem espancadas desta forma? Nas épocas de fogo em Portugal no verão todos nós lamentamos as perdas e celebramos o heroísmo dos bombeiros, por tanto da mesma boca que saiu um apoio moral e agradecimento, hoje sai uma crítica e descontentamento.”, escreveu Anselmo.

Ainda nesta senda, o humorista angolano do grupo Os Tuneza, Gilmário Vemba repudiou tamanha barbaridade e abuso de poder pelo comportamento violento que os agentes tomaram contra a familia.

Enquanto que Costa Vilela, também membro do grupo Os Tuneza, apelou por mais união de todos no sentido de denunciar publicamente este ato, não só como também aos diplomatas africanos residentes em Portugal a tomarem uma posição enérgica, contra o mesmo acontecimento.

Recorde-se que cinco cidadãos angolanos membros da mesma família, residentes no bairro da Jamaica, em Lisboa, foram agredidos, no passado domingo (20) de Janeiro, por agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), tendo entre eles o jovem Hortencio Coxi sido preso e libertado nesta segunda-feira sob termo de identidade e residência.


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