Abandonar um curso e começar outro em curto espaço de tempo é um acto que vem se tornando comum no mundo estudantil, parece que virou moda começar um curso e não terminá-lo para encontrar um emprego que supostamente dá mais dinheiro. chegou-se a esta conclusão depois de um inquérito realizado pelo AngoRussia esta quarta-feira em algumas Universidades de Luanda e nas redes sociais.
Quénia Evaristo estudou Fisioterapia em 2014 na Universidade Jean Piaget, gastou mais de 3.000 USD, mas este ano decidiu mudar de curso e de universidade porque segundo ela o curso que fizera não era rentável.
Alguns estudantes entrevistados pela nossa equipa de reportagem afirmaram que trocaram de curso por necessidade, porque alguns cursos não dão dinheiro, por influência dos amigos, dos pais e por falta de condições.
“Perdi o ano lectivo anterior por escolher um curso que não entendo. Fiz Engenharia de Petróleo porque sei que seria rico e teria condições para sustentar a minha família, mas não deu certo, não entendo nada de Matemática nem Química, este ano tentei em Comunicação Social mas não sei se vai dar certo”, afirmou um estudante que não quis ser identificado.
Já nas redes sociais, 80% dos leitores que participaram do nosso inquérito, são de opinião que maior parte dos estudantes trocam curso por necessidade, pela procura do mercado e por dinheiro, os mesmos contaram as experiências vividas, como é o caso da Teresa pimentel “minha amiga testou no ano passado engenharia de petróleo porque dá mais dinheiro ela reprovou porque o curso que testou não tem nada a ver com o que fez no médio. Resultados: perdeu o ano e este ano”.
Mas quase todos foram unánime s e concordaram que bom mesmo é fazer o curso de que se gosta.
O sociólogo Matondo Otequele Júnior aponta a falta de planificação prévia, as necessidades do mercado de emprego, a má gestão de algumas instituições de ensino superior e o pensamento materialista de alguns estudantes como sendo a causa da troca constante de cursos.
“Se o estudante não sabe que curso quer fazer não terá sucesso académico, isto pode ter consequências financeiras, sobretudo para aqueles que estudam em universidades privadas, gasta-se dinheiro em vão e o estudante pode não se adaptar às matérias”, disse o Sociólogo a AngoRussia.
Matondo Otequele aconselha os estudantes a não fazer um curso em função do rendimento que pode adquirir, que analisem as suas habilidades e saibam o que realmente querem fazer e sobretudo saber se estão preparados ou não, visto qu,e há pessoas que também ingressam ao ensino superior por ilusão.