O músico e compositor angolano Eduardo Paím revelou na última terça-feira, em Luanda, que vai colocar à disposição do público, nos próximos meses do corrente ano, a sua mais recente obra discográfica ainda sem título.
O artista adiantou que a obra vai trazer 12 músicas trabalhadas a base do kizomba, semba, rumba, fado, baladas, bolero, entre outros estilos que o consagraram no panorama musical.
“O disco aborda situações como o amor, encontros, desencontros, questões que fazem parte do nosso quotidiano como os engarrafamentos, a poluição sonora, atmosférica, que serão exteriorizadas musicalmente”, referiu o músico citado pela Angop.
O autor do “Rosa Baila” informou que o projecto está já concluído no concernente a gravação, captação e masterização, estando agora a trabalhar na questão gráfica e na edição.
A obra discográfica foi gravada em Luanda, nos Estúdios EP, no Algarve, em Portugal e em Guadalupe, Antilhas( Francesas).
Eduardo Paím Fernando da Silva nasceu em Brazaville, Congo, em 1964, onde os pais se tinham exilado. Veio para Angola em 1974, tendo ido viver para o bairro do Sambizanga, Luanda.
Estudou na escola do São Domigos e nos tempos livres ia ver os grupos musicais da altura a ensaiarem.
Viveu o auge da carreira em Portugal, onde conseguiu o seu primeiro “Disco de Ouro”, por vender mais de 50 mil cópias, na obra “Do Kayaya”.
Eduardo Paím começou a cantar em 1979, com o grupo “Os Puros”, que constituiu com Bruno Lara e Levi Marcelino. Os três eram estudantes da Escola Njinga Mbandi.
O músico foi influenciado por figuras que lhe moldaram a consciência e lhe influenciaram o futuro:
Prado Paím, seu primo mais velho, Teta Landu, Elias Dya Kimuezo, Urbano de Castro,
David Zé, Artur Nunes, Joy Artur, Taborda Guedes e Tino Dya Kimuezi.
Tem no mercado várias obras discográficas, entre as quais Rosa Baila (1993), do Kaiaia (1992), Luanda Minha Banda (1990) e Etu Mudientu (2012).