O integrante do grupo de humoristas angolano os “Tunezas”, Costa Vilola confessou em entrevista exclusiva ao AngoRussia que já teve que “adotar” um jovem de rua para evitar com que esse se tornasse num marginal, falou ainda sobre a sua paixão pela família e como a mesma encara a sua vida artística.
Costa faz parte do grumo de humor mais respeitado do país, Tuneza, no entanto pouco conhecem o seu dia-a-dia, reacção da sua família a sua vida pública bem como o seu lado solidário. Em conversa com o AngoRussia, o humorista contou sobre a sua vida, como foi que conheceu o jovem de rua que teve que lhe arranhar emprego para evitar com que ele envergasse para o lado obscuro.
“Há algum tempo, conheci na rua um rapaz dei-lhe um emprego e hoje cuido dele como se fosse meu familiar, porque quando o abandonei ele estava a enveredar para o mundo do crime. Hoje eu ajudo ele a pagar as propinas da escola e outras necessidades básicas, o rapaz socializou-se e me diz sempre que já não é gatuno, não é por medo mas pelo esforço que faço para lhe ajudar e cuidar dele”, começou por dizer.
Sobre a sua reacção quando não está a exercer a profissão e é abordado pelo nome artístico, o humorista garante que reagem sempre de forma natural.
“Às vezes é um pouco chato e sobre tudo quando calha naqueles dias em que não estamos bem psicologicamente, mas eu reajo normalmente com muita coragem serenidade e com um sorriso e deixo a coisa andar”, disse Costa.
Questionado sobre a reacção da sua família com relação a sua profissão, Costa Vilola contou que tem sido normal a reacção de todos, mas quando está no seio familiar procura esquecer o lado humorista.
“Primeiro é que a minha família encara a minha profissão com muito orgulho e eles nunca me encararam como aquele grande humorista, quando estou no seio familiar eliminamos logo o elemento figura pública”, contou.
Sem receio de falar, Costa ainda disse que algumas vezes já teve em certas situações não muito confortável com suas piadas que envolveu o nome de algumas figuras públicas nacionais, pois considerou terem sido mal interpretada pelas mesmas mas que a base de conversa tudo era resolvido.
Formado em Relações Internacional, Vilola revelou que tem sua própria oficina para concertos de carro mas que não trabalha nela.