Diariamente todos repetem a mesma rotina: acordam, esticam uma das mãos até à banca, pegam no telemóvel, checam o número de notificações existentes e, respondem algumas mensagens de acordo a ordem de importância, criada geralmente de forma empírica e puramente emocional. Quem assim não procede, deve ter que lidar com a nossa indignação por ainda não ter acesso à internet ou pode sentir-se lisonjeado por ser a excepção da regra que mesmo tendo o mundo ao alcance dos seus dedos, escolhe viver de forma menos clichê e contrariar as estáticas.
Garantimos que esta introdução é necessária e esperamos que não tenha sido aborrecida o suficiente para lhe fazer desistir do mais importante: Conhecer e reconhecer o trabalho de Ornela Aguiar, uma jovem angolana influente e extremamente necessária para uma geração que se mostra cada vez mais imediatista e que preocupa-se mais com o número de likes que o seu último post teve do que em dar bom dia à alguém por quem passa frequentemente no trajecto casa-escola ou trabalho-casa.
O melhor amigo do homem já não é cão, é o smartphone com acesso à internet, convenhamos. As redes sociais ocupam grande parte do tempo de todos e actualizar o feed do Instagram tornou-se a actividade favorita de muitos nos “tempos livres”. Por esta razão, apresentamos aos mais distraídos: Ornela Aguiar.
Talvez devêssemos entrevista-la para que este artigo tivesse mais consistência, mas não o fizemos porque queríamos que ela e todos que ainda não tiveram contacto com o seu trabalho pudessem perceber o quão impactante Ornela consegue ser… Sem que fosse ela a dizê-lo.
Quem usa redes sociais, principalmente Instagram, vai concordar que: Os feeds estão quase sempre repletos de mesmice e que geralmente as pessoas sentem-se obrigadas a comentar “que post incrível”, sem que este tenha realmente tocado a sua alma e tenha gerado alguma mudança positiva na sua forma de ver as coisas ou viver a vida. São conteúdos de amigos ou pessoas “fofas” que gostam e escolhem seguir, o que podem fazer se não “apoiar” com a sua “falsidade necessária”?
Ornela surge nesse universo digital como a lufada de ar fresco que revigora as energias das pessoas nos momentos em que a quentura do “mais do mesmo” aquece as plataformas mais usadas pelos angolanos.
Com falas coerentes e com uma maneira de ser bem “gente como a gente”, aborda variados temas de forma única e irreverente. Não tem papas na língua e faz questão de deixar isso claro com as expressões faciais que demonstra nos vídeos que produz e disponibiliza para o YouTube e Instagram. É àquela a quem todos podem chamar, sem qualquer receio, de influenciadora digital.
Apesar de ainda ter somente 10 mil seguidores no Instagram e pouco mais de 8.700 subscritores no YouTube, a voz de Ornela é potente e a forma como expõe o que pensa é interessante. A sua abordagem é cuidada e comedida, sem que isso faça de si uma jovem padronizada ou a quem consigam ofuscar e filtrar as opiniões.
Com o seu conteúdo, a “Jovem que fala demasiado no YouTube” consegue influenciar positivamente a vida de dezenas de pessoas que através de comentários expressam a forma como recebem e absorvem aquilo que a “formadora de opiniões” tem para passar aos seus seguidores.
Se estiver pela internet em busca de um conteúdo diferenciado, impactante e relevante, não se esqueça de visitar as páginas de Ornela Aguiar.
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